O primeiro turno das eleições municipais de 2016, que elegerão em todo o país prefeitos e vereadores, será realizado em 2 de outubro, próximo domingo. O segundo turno (somente nas cidades com mais de 200 mil eleitores) está marcado para 30 de outubro, último domingo do mês.
Em tempos onde a política e a religião se cruzam permanentemente com impacto direto na vida dos religiosos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia sente necessidade de deixar claro seu posicionamento frente a temas relacionados à política e eleições. Ao mesmo tempo em que não é proprietária e nem incentiva a participação em partidos políticos por parte de seus membros, a Igreja Adventista também reconhece seu papel dentro da sociedade como uma organização ativa e envolvida com questões pertinentes à cidadania. Há dois motivos principais para a produção dessa cartilha (leia aqui na íntegra). O primeiro é que as orientações funcionem como um guia conciso e unificado de orientações a respeito do tema para que os membros compreendam o que pensa a organização. Além disso, também serve como referência para que políticos e partidos entendam como age a Igreja Adventista e não criem quaisquer expectativas diferentes das que ela se propõe.
Os adventistas e a política partidária
1. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não apoia e nem possui partidos políticos e nem repassa recursos a essas organizações por entender que adota uma postura não partidária.
2. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não permite que, em seus templos, sejam realizadas reuniões com finalidade político-partidária ou de cunho eleitoral.
3. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não mantém bancada de parlamentares em nível municipal, estadual e federal e nem de líderes políticos de quaisquer regiões administrativas ou demais países que fazem parte da Divisão Sul-Americana.
Os adventistas e as eleições
1. A Igreja Adventista recomenda que os membros participem das eleições em seus países desde que nessas ocasiões não haja qualquer incompatibilidade com os princípios bíblicos defendidos pela Igreja.
2. É orientado que os membros votem em candidatos que defendam os princípios de temperança – o que inclui combate ao fumo e bebidas alcoólicas – questões de liberdade de expressão religiosa, separação entre Igreja e Estado e que efetivamente tenham propostas concretas para melhorar a qualidade de vida da população em geral especialmente nas áreas de saúde, educação e família. Mas não há qualquer orientação quanto a voto em candidatos de determinados partidos políticos.
3. Pastores, líderes locais ou profissionais adventistas não devem promover candidatos em cultos regulares ou demais programas oficiais da Igreja Adventista, tampouco nas sedes administrativas e instituições educacionais, de saúde ou sedes de projetos da ADRA ou mantidos de alguma forma pela organização adventista. A Igreja Adventista não apoia a mobilização para que sejam dados votos a um determinado candidato.
4. É vedado o uso do dízimo para pagamento de qualquer pessoa para fazer discursos sobre questões políticas.Candidatos adventistas
1. Candidatos adventistas não devem usar o púlpito e nem programas oficiais da Igreja para pedir votos.
2. É recomendado que os membros que se candidatam a cargos públicos eletivos deixem suas funções na igreja local. No caso de pastores e obreiros assalariados, é obrigatório que os mesmos deixem seu trabalho na obra adventista antes de lançar suas candidaturas.
3. Adventistas com cargos eletivos não possuem autorização para falar em nome da Igreja Adventista em eventos, reuniões ou seminários. Também não são representantes da Igreja Adventista no parlamento ou poder executivo. São apenas membros da Igreja com um cargo eletivo.
4. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não autoriza o uso da marca oficial, materiais, símbolos, uniformes e nomes de quaisquer um dos seus departamentos, serviços ou projetos em campanhas públicas ou veiculação de material publicitário para fins de propaganda política. E nem para uso comercial com finalidade de ganho econômico.
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