As Escrituras Sagradas ressaltam que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29:29). De igual modo, Ellen White recomendou ter cautela ao tratar de certos assuntos que não temos revelação. Os textos seguintes são bons exemplos da aplicação desse princípio sobre a natureza de Deus:
“Os homens podem apresentar suas próprias interpretações acima de Deus, mas nenhuma mente humana pode compreendê-Lo. Este problema não nos foi dado para solucionar. Que o homem finito não tente interpretar a Jeová. Ninguém se ponha a especular quanto a Sua natureza. Aqui o silêncio é eloquência. O Onisciente está acima de discussão” (Olhando para o Alto, p. 147).
"A palavra de Deus e Suas obras contêm o conhecimento de Si mesmo que Ele julgou próprio para nos ser revelado. Podemos assim compreender a revelação que Ele nos deu de Si mesmo. Mas é com temor e tremor e com um senso de nossa própria pecaminosidade que devemos empreender esse estudo, e não com o desejo de tentar explicar a Deus, mas visando obter esse conhecimento que nos capacitará a servi-Lo mais aceitavelmente.
Que ninguém se aventure a explicar a Deus. O ser humano não pode explicar-se a si mesmo, e como, então, ousa aventurar-se a explicar o Onisciente? Satanás está pronto a oferecer falsas concepções de Deus. … Para os curiosos, apresento a mensagem de que Deus me instruiu a não formular respostas às perguntas daqueles que indagam sobre aquilo que não foi revelado. As verdades reveladas pertencem a nós e a nossos filhos. Os seres humanos não devem tentar avançar além. Não devemos procurar explicar aquilo que Deus não revelou. Devemos estudar a revelação que Cristo, o Grande Mestre, apresentou do caráter de Deus, para que em espírito, palavra e ação possamos representá-Lo àqueles que não O conhecem.
A personalidade e prerrogativas de Deus, onde Ele está e o que Ele é, são assuntos nos quais não devemos ousar tocar. Nesse sentido, o silêncio é eloquente. Aqueles que não têm conhecimento prático de Deus são os que se aventuram a especular a Seu respeito. Se o conhecessem melhor, teriam menos a dizer sobre o que Ele é. Aquele que mantém uma comunhão mais próxima com Deus, em sua vida diária e que tem o mais profundo conhecimento dEle, reconhece perfeitamente a total incapacidade dos seres humanos explicarem o Criador." (Olhando para o Alto, p. 320).
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