segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Deus acessível


Quero lhe apresentar meu amigo João. João acredita que Deus existe. Ele só não acha que conhecer a Deus seja tão complicado quanto lhe disseram. Ele ouviu que a “igreja” é o lugar no qual podemos encontrar Deus. Mas João não está muito interessado em ir à igreja. Lá você tem que ficar parado. Cantar. Ouvir um sermão. Vestir-se bem. Tem que se comportar de determinada maneira. Você não tem a chance de interagir, fazer perguntas ou contribuir com suas próprias ideias. Você não pode ser você mesmo.

Mas pense comigo. Jesus foi a manifestação visível do Deus invisível. Ele era o Deus acessível. Jesus não se escondeu em um edifício, atrás de um diploma ou dentro de um ritual. Ele veio para onde estávamos. Viveu uma vida humana. Interagiu com todo tipo de pessoa, de todas as origens. Ele se encontrava com as pessoas face a face. Ele as envolvia em diálogos pessoais. Claro, às vezes Ele pregou para grandes multidões, mas esta não era a sua principal estratégia.

Em Jesus, Deus se fez completamente acessível. Ele rasgou a cortina do templo. Ele se fez sacrifício para acabar com todos os sacrifícios. Removeu todos os obstáculos entre si e a humanidade.

Seria impossível ser mais acessível do que isso.

Será que estamos apenas levando o evangelho a pessoas que gostam de cantar hinos e de ouvir sermões? Não podemos tornar mais fácil para as pessoas conhecerem a Deus – esse Deus profundamente relacional – em nossas igrejas? Talvez pudéssemos começar a ter encontros mais pessoais. Permitir a interação e o diálogo. Incentivar as pessoas a fazer perguntas, contribuir com suas ideias e ouvir um ao outro. Deixar as pessoas serem elas mesmas.

Isso pode não se parecer muito com a ideia comum de “igreja”, mas assim talvez João (e muitos outros) pudesse finalmente encontrar o Deus acessível.


"A prevalecente monotonia da rotina religiosa em nossas igrejas precisa ser modificada. A influência da atividade necessita ser introduzido, para que os membros da igreja possam trabalhar em novos ramos e planejar novos métodos. O poder do Espírito Santo moverá corações à medida que for quebrada essa monotonia morta, sem vida, e muitos que nunca antes haviam pensado em ser além de espectadores ociosos começarão a trabalhar com vigor. […] Devem ser feitos esforços para fazer algo enquanto é dia, e a graça de Deus se manifestará, a fim de que pessoas possam ser alcançadas para Cristo." (Ellen G. White – Testemunhos Para Ministros, p. 204)

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