Sei que estou tocando em alguns temas sensíveis em um único post: o volume da música; iluminação no meio do culto; preferências musicais; e apresentação versus canto participativo.
Mas aqui está a realidade evidente em muitas congregações: o canto congregacional está em declínio em muitas igrejas. Em algumas delas, ele parece ter desaparecido completamente.
Vou tentar discutir esta realidade a partir de uma perspectiva imparcial, pelo menos na maior parte. […] Quais são, então, as principais razões por que menos pessoas estão cantando na igreja? Por que esse ato de adoração diante de Deus tornou-se nominal em muitos contextos? Aqui estão seis razões:
1. Alguns membros de igreja não se preparam para a adoração
Vamos ao culto para julgar, para cumprir uma obrigação ou para satisfazer um hábito. Não oramos para que Deus faça sua obra em nós através da adoração. Se não tivermos uma canção em nosso coração, não teremos uma canção em nossas bocas.
2. Não conhecemos as músicas
Cantamos as músicas que conhecemos. Isso é óbvio. Mas se formos trazidos a uma afluência constante de novas canções, sem tempo suficiente para aprendê-las, não participamos. O melhor canto congregacional inclui tanto o que já conhecemos como o novo, mas os líderes de louvor ensinam as novas músicas até que as conheçamos e a amemos.
3. As músicas não são cantadas em uma tessitura que nos possibilita participar
Muitos músicos formados possuem um alcance vocal mais amplo na qual conseguem cantar. A maioria de nós, não. Se se espera que cantemos em uma tessitura que está além de nossa capacidade, não tentaremos. Os líderes de louvor decidem, intencionalmente ou não, se querem conduzir a congregação ou se apresentarem para o público.
4. A iluminação comunica apresentação, em vez de participação
Participamos no canto quando ouvimos uns aos outros e vemos uns aos outros. Se a iluminação para a congregação é fraca, mas forte para o palco, estamos comunicando que o que temos ali é uma apresentação. Deste modo, falhamos em comunicar que a adoração mediante o canto deve incluir todos os presentes.
5. A música é alta demais para ouvir os outros na congregação
Há um número razoável de comentários sobre os níveis certos de decibéis para a música em um culto de adoração. A questão maior, contudo, é se podemos ouvir os outros. Se ouvimos as vozes dos demais, somos encorajados a participar. Se a música é tão alta que só podemos ouvir a nós mesmos, a maioria de nós terá um ataque de nervos. E depois ficaremos em silêncio.
6. Os líderes de louvor não escutam a congregação
Se os líderes de louvor verdadeiramente desejam conduzir a congregação no canto, eles devem ser capazes de ouvi-la. Alguns podem apenas ouvir os instrumentos e as vozes do palco vindas das caixas. E alguns possuem monitores de ouvido onde eles estão verdadeiramente bloqueando as vozes da congregação. O canto congregacional torna-se poderoso quando bem conduzido. E ele só pode ser bem conduzido se os líderes de louvor puderem ouvir aqueles que eles estão conduzindo.
Pode ser que sua única perspectiva sobre essa questão seja a de que você de fato não liga se a congregação consegue ser ouvida cantando. Mas se seu desejo for verdadeiramente alçar todas as vozes perante Deus, algumas coisas precisarão mudar.
Thom S. Rainer (via Música Sacra e Adoração)
Nota: Vejamos alguns conselhos de Ellen G. White sobre o papel do Canto Congregacional na igreja:
“O canto é uma parte do culto de Deus, porém da maneira estropiada pela qual é muitas vezes conduzido não é nenhum crédito para a verdade, nenhuma honra para Deus. Deve haver sistema e ordem nisto, da mesma maneira que em qualquer outra parte da obra do Senhor”. (Review and Herald, 24 de julho de 1883)
“O canto não deve ser feito apenas por uns poucos. Todos os presentes devem ser estimulados a tomar parte no serviço de canto”. (Evangelismo, p. 507)
“Deus é glorificado por hinos de louvor vindos de um coração puro cheio de amor e devoção para com Ele.” (Testimonies for the Church, vol. 1, p. 50)
“Os que fazem do canto uma parte do culto divino devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres e, todavia, solenes.” (Evangelismo, p. 508)
“Alguns pensam que, quanto mais alto cantarem, tanto mais música fazem.” (Manuscrito 91, 1903)
"A música faz parte do culto de Deus nas cortes celestiais, e devemos nos esforçar, em nossos hinos de louvor, para nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O treino adequado da voz é um aspecto importante na educação, e não deve ser negligenciado." (Patriarcas e Profetas, p. 594)
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