segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Sionismo x Judaísmo x Semitismo

A propósito das Lições da Escola Sabatina desse trimestre, sobre a carta do apóstolo Paulo aos Romanos, e em especial as lições que discutem os Capítulos 9 a 11, bem como em função das últimas ações e decisões do presidente americano Donald Trump, penso ser interessante fazer esses comentários abaixo, uma vez que já percebi em vários lugares e igrejas por onde tenho andando, incluindo as Redes Sociais, uma certa confusão a respeito dos termos do título dessa postagem, incluindo os consequentes termos anti-Sionismo, anti-Judaísmo e anti-Semitismo, bem como do que Israel, biblicamente, representa hoje.

De maneira bem curta e objetiva:

ANTI-SIONISMO — Oposição política a um nacionalismo expansionista de Israel como Estado. É exercido principalmente pelos países árabes. É válido e não há nada de ilegalidade aqui, pois como dito, é uma questão política.

ANTI-JUDAÍSMO - Oposição religiosa e espiritual aos conceitos legalistas da religião judaica. É exercido principalmente pelas religiões cristãs e a islâmica. Também é válido e não há nada de ilegalidade aqui, pois é um debate religioso, doutrinário, apologético.

ANTI-SEMITISMO - Oposição total a tudo que se refere ao povo Judeu, seja como nação, religião ou indivíduos. Normalmente os vê como responsáveis pelas mazelas do mundo e pretende, de algum modo, a sua eliminação. Não é válido e constitui o mais abjeto e execrável racismo, como tantos outros tipos de preconceito e discriminação que existem no nosso mundo.

E, agora, falando como cristão, não há na Bíblia uma determinação profética de que o antigo povo de Israel, que foi objeto de uma eleição para o papel de testemunhar ao mundo a verdade e o amor de Jeová, venha a ter novamente essa missão. Não serão restaurados jamais para esse fim. Quando rejeitaram o Messias, esse papel de proclamar as Boas Novas do Evangelho e da Salvação, passou ao Israel espiritual de Deus, do qual nós, os chamados gentios, agora fazemos parte.

Paulo, no capítulo 11 de Romanos faz uma alentada defesa do povo judeu, e o chama de oliveira ou ramos naturais, enquanto aos gentios chama de oliveira brava ou ramos enxertados. E ele não aceita que se diga que eles foram rejeitados por Deus. Assim, podemos compreender que como nação de sacerdotes, que tinha um propósito definido a cumprir para Deus, SIM, foram rejeitados. Mas, como indivíduos da melhor qualidade pessoal, pecadores salvos pela graça, NÃO.

Não vamos incorrer no erro crasso de Lutero, que, duas décadas após a grande reforma protestante que empreendeu, manchou sua personalidade e biografia, com as atitudes inexplicáveis que tomou e incentivou contra o povo Judeu. Lutero não foi um anti-Sionista ou anti-Judaísta (o que seria aceitável e compreensível), mas, sim um completo e sinistro anti-Semita, chegando a incentivar a destruição das sinagogas e das casas dos judeus e o seu completo extermínio. Muito do que Lutero escreveu e disse em seus ataques anti-semitas, serviu posteriormente a Hitler em sua saga sanguinária contra o povo judeu. Nossos irmãos luteranos reconhecem essa passagem sombria do final da vida de Lutero e contam essa história em detalhes em alguns dos seus Sites.

E se você é adventista, e quer saber o que EGW fala a respeito da forma como os judeus devem ser olhados e considerados por nós, saibam que ela afirmou que, nos últimos dias, o Senhor irá usar judeus fiéis, que vivem de acordo com a luz que receberam, para ajudar a pregar a mensagem da adoração a Deus. Cliquem nos links abaixo e se informem:




Portanto, vamos agir com cuidado e equilíbrio, observando o que é dito e feito no mundo a respeito dessas questões. A rigor, o que Donald Trump está fazendo agora ao reconhecer Jerusalém como a capital oficial do Estado de Israel, não tem nenhum significado profético mais importante, a não ser exacerbar um pouco mais os conflitos e guerras religiosas que acontecem no mundo.

Que possamos, como cristãos, em acordo com o texto bíblico, não assumir posições contrárias ao que as Escrituras propõem e ensinam.

Mário Jorge Lima (via facebook)

Assistam também estes dois vídeos muito esclarecedores do prof. Leandro Quadros que falam sobre Trump, Jerusalém, as profecias e o sionismo dispensacionalista.

3 comentários:

  1. Até que enfim vi alguém do meio religioso referir-se às barbaridades de Martinho Lutero contra o Judeus. Foi perfeito na definição: "anti-Semita". Apenas uma observação: com a Reforma Ortográfica é antissemita; antijudaísmo; antissionismo. Mas, é por aí a condição de Martinho Lutero em relação aos Judeus.

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    1. Realmente, eu vi sobre isso de Martinho Lutero, eu admiro ele pelo fato de abrir os olhos do povo para as Verdades Biblicas, porém, o que manchou foi essa atitude antisemita dele... infelizmente

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  2. Vai estudar meu irmão! Antissemitismo foi um rótulo criado pelo sistema judaico sionista maçônico esquerdista illuminati para rotular quem não compactua com os judeus sujos que comandam o mundo e criadores do estado impostor de ISISrael. Sendo que o termo SEMITA se aplica aos descendentes de Sem, ou seja, os árabes por exemplo. Esses judeus que criaram o estado ladrão de terras de ISISrael NÃO SÃO descendentes de Sem e nem tão pouco judeus. Eles são Khazarianos, e vieram da Khazaria de onde foram expulsos e foram pra Palestina roubar as terras se aproveitando-se da "historinha" do tal "povo escolhido". Eles são aqueles a quem J-sus o Messias denuncia como "Os que se dizem judeus e não são, mas são a SINAGOGA DE SATANÁS". Lembrando que judeu NÃO É UMA RAÇA, mas sim uma religião satanista/ocultista, de onde veio o judaismo, maçonaria, cabala, gohetia, Rei Salomão e etc... Procure estudar mais pra não ser um enganador. "E conhecereis a verdade e a verdade te libertará" Abraço.

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