Último dia da semana de trabalho e do mês de agosto. Semana bem pesada nas Redes Sociais, em função do processo eleitoral e das entrevistas dos candidatos à Presidência da República.
Triste, ver pessoas - muitos, ditos irmãos em Cristo - se atacando e destratando de maneira áspera, hostil e deselegante. Marxismo cultural pra lá, fascismo pra cá, e outros termos que se tornaram trends na Internet, acompanhados de uma virulência que vai crescendo solta, de forma preocupante. O problema não é a existência da discussão e do debate, é a forma doentia como isso na maior parte das vezes acontece.
Na verdade, para o cristão, essa escolha deveria ser feita com reflexão e oração, muito mais do que com argumentos politizados, sabendo que, independentemente de quem Deus permita que chegue lá, na maioria das vezes, estaremos nas mãos de homens ímpios, que não cumprem o que prometem e agem de acordo com suas próprias conveniências, isso está profetizado.
Vi cristãos aqui dizendo que Cristo era de Esquerda, assim como vi cristãos dizendo que a solução divina virá sempre pela Direita. Não sei em que evangelho se basearam para chegar a essas conclusões, mas, certamente, não foi o evangelho puro de Cristo Jesus, não foi o evangelho da graça.
Aliás, quem diz isso, nunca notou que o mesmo Jesus que andou com ladrões e prostitutas, também curou a orelha de um violento soldado romano, e repreendeu Seu discípulo que o ferira. O mesmo Jesus que perdoou uma adúltera e chamou uma polígama ao arrependimento, também mandou pagar impostos ao César opressor e foi enterrado em sepultura de ricos. Como querer rotular o próprio Deus?
A solução definitiva para os problemas humanos, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, certamente não virá da chamada Esquerda, nem da Direita e nem do Centro - meras referências humanas - mas, sim, do Alto - a referência divina - onde está nossa cidade e "de onde aguardamos o Senhor".
Esquecermos isso, e nos deixarmos levar pela paixão política e pela desconsideração com nosso próximo e suas posições contrárias às nossas, machucando-nos uns aos outros com expressões rudes, sarcásticas e nada cristãs, é negar a religião que professamos, é jogar no lixo, já apodrecido, o fruto do Espírito que Deus queria fazer crescer em nós.
Policio a mim mesmo todo o tempo, pois também incorro nesse erro, em meio aos muitos que cometo diariamente, e desejo que você, da mesma forma, o faça.
Mário Jorge Lima (via facebook)
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