Circuncisão, exérese do prepúcio, peritomia ou postectomia - é uma operação cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis. Essa remoção é praticada há mais de 5 mil anos. Estima-se que cerca de um terço dos homens em todo o mundo seja circuncidado. A prática é comum no mundo islâmico, nos Estados Unidos, em partes do sudeste asiático e da África, e em Israel onde é praticamente universal por motivos religiosos. Por outro lado, é relativamente rara na Europa, na América Latina, em partes do sul de África e em grande parte da Ásia.
O termo circuncisão deriva da junção de duas palavras latinas, circum e cisióne, e significa literalmente "cortar ao redor". Na maior parte dos casos, a circuncisão é uma cirurgia planejada e realizada em bebês e crianças por motivos culturais e religiosos. No judaísmo, normalmente é uma operação realizada no oitavo dia depois do nascimento da criança, durante uma celebração chamada "brit milah". No entanto, em alguns casos pode ser realizada como tratamento médico para uma série de doenças, entre as quais casos problemáticos de fimose, infeções crônicas do trato urinário e balanopostite que não responda a outros tratamentos.
A circuncisão, como sinal exterior do concerto entre Deus e Seu povo escolhido, foi instituída no tempo de Abraão (Gn 17:10-14, 23-27; 21:4; At 7:8) e incorporado posteriormente, de forma explícita, na lei de Moisés (Lv 12:3; Jo 7:22). Apesar de haver sido temporariamente interrompida durante a peregrinação no deserto, ela voltou a ser praticada logo após a entrada dos israelitas na Terra Prometida (Js 5:2-9). Que esse ato só alcançava o seu pleno sentido religioso quando acompanhado da dedicação incondicional da vida a Deus e a Sua vontade é evidente nas referências que falam de uma circuncisão do coração (ver Dt 10:16; 30:6; Jr 4:4).
Enquanto que no Antigo Testamento a circuncisão era uma condição básica para pertencer ao povo de Deus (Gn 17:9-14), no Novo Testamento essa condição passou a ser o batismo cristão (ver Mt 28:18-20; Mc 16:15 e 16; At 2:37 e 38). Em resposta aos cristãos judaizantes que tentavam impor a circuncisão aos gentios que aceitavam o cristianismo, o Concílio de Jerusalém deixou clara a opcionalidade dessa prática (ver At 15; Gl 2).
O apóstolo Paulo é incisivo em afirmar que “em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor” (Gl 5:6), o “ser nova criatura” (Gl 6:15) e o “guardar as ordenanças de Deus” (1Cr 7:19). E o mesmo apóstolo acrescenta: “Foi alguém chamado, estando circunciso? Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado, estando incircunciso? Não se faça circuncidar” (1Co 7:18). Hoje, portanto, a circuncisão, para os cristãos, não passa de uma opção pessoal, destituída de qualquer significado religioso.
(Com informações de Wikipédia e Centro White)
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