Nossa era mística pós-moderna tem aplaudido muitos supostos profetas e feiticeiros. O mais famoso continua a ser o astrólogo francês Michel de Nostradamus (1503-1566). Nascido em 14 de dezembro de 1503, em Saint-Rémy, França, primeiramente ele trabalhou como apotecário – pesquisando remédios extraídos de ervas – e depois migrou para o ocultismo. Nostradamus escreveu diversos almanaques que, somados, contêm pelo menos 6.338 profecias. No entanto, sua obra mais célebre é Les Propheties (1555), escrita em estilo poético e publicada em língua inglesa com o título Prophecies (1672).
Seus seguidores argumentam que ele profetizou diversos fatos históricos, incluindo as duas guerras mundiais, o 11 de setembro, a ascensão de Napoleão e Adolf Hitler e até mesmo a vitória presidencial de Donald Trump. É possível questionar: Até que ponto as pessoas tendem a inserir acontecimentos contemporâneos em sua interpretação dessas supostas predições? Em As Profecias de Nostradamus X.72, ele declarou: “No sétimo mês do ano 1999 aparecerá no céu um grande rei do terror. Ele fará ressuscitar o rei de Angoulmois. Ele reinará serenamente antes e depois de uma guerra.” Esse ano já se passou, e essa profecia ainda não se cumpriu!
Em Prophecies I.48, Nostradamus predisse com base na astrologia: “Vinte anos do reinado da Lua passaram, outros sete mil anos durará seu reinado. Quando o Sol, exausto, interromper seu ciclo, então minha profecia e meus prenúncios serão cumpridos.” Quando esses “sete mil anos” deveriam começar? A escatologia bíblica não abre espaço para uma profecia temporal tão longa.
Mas será que Nostradamus foi realmente inspirado por Deus?
Apesar dos supostos cumprimentos, todas as predições astrológicas e qualquer tipo de encantamento são estritamente proibidos pela Bíblia (Is 47:12-15). Também somos advertidos contra os falsos profetas e suas previsões não cumpridas (Dt 18:21, 22; Jr 28:8, 9). Enquanto os profetas verdadeiros descrevem acontecimentos futuros de maneira concreta, o discurso dos falsos profetas é feito em termos gerais e linguagem ambígua. Assim, as profecias não cumpridas são consideradas apenas uma questão de equívoco na interpretação.
Entendemos que um profeta é aquele que prevê acontecimentos que ainda irão ocorrer. Porém muito mais do que isto, um profeta do Senhor é aquele que não só prevê o futuro, mas é fiel a Deus, e seus ensinos estão de acordo com a Bíblia.
Nós precisamos analisar a vida espiritual e os exemplos deixados, para comparar e ver se realmente este profeta é autêntico. A Bíblia também menciona falsos profetas que enganavam o povo, com suas profecias, na maioria, de prosperidade. Deve-se ter muito cuidado antes de considerar se um profeta é verdadeiro ou não.
Para sabermos se um profeta é realmente verdadeiro, precisamos comparar o que ele fala ou escreve com o que está escrito na Bíblia. Devemos ter muito cuidado, pois um falso profeta muitas vezes consegue prever um acontecimento ou outro, mas sua vida não é de acordo com os ensinamentos bíblicos.
Veja alguns requisitos para comprovarmos se um profeta é verdadeiro, e os compare com a vida e obra de Nostradamus:
1) Falar segundo a lei e o testemunho – Isaías 8:19 e 20.
2) Pelos seus frutos os conhecereis – Mateus 7:15-20
3) Pelo cumprimento de suas profecias – Jeremias 28:9.
4) Pela exaltação de Cristo Jesus – 1 João 4:1-3.
O mundo está chegando ao fim, e o número de falsos profetas aumentará de maneira significativa. Você e eu devemos nos fundamentar bem na Bíblia e estar preparados para enfrentar esses desafios.
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