Cultivar sentimentos ruins até parece um hábito inofensivo, mas a ciência vem comprovando que não é. Não perdoar e cultivar ressentimentos podem trazer consequências sérias à saúde. Estudos indicam que as pessoas que cultivam sentimentos ruins têm mais chances de adoecer. E você deve estar se perguntando: como isso acontece? Relembrar uma situação desfavorável pode parecer apenas uma lembrança. Mas para o corpo funciona diferente. Quando o organismo revive aquela situação estressante, há maior descarga de hormônios, como adrenalina e cortisol (a substância popularmente conhecida como "hormônio do estresse"). Assim, com o tempo, a pressão sobe, há constrição das artérias e as doenças começam a aparecer.
O cardiologista, pesquisador e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Álvaro Avezum, fala mais sobre o assunto (veja aqui).
Viver sentindo-se culpado ou magoado é um dos maiores dramas de toda a humanidade. É como viver com um peso amarrado no pescoço que incomoda o tempo todo. Há pessoas que estão atormentadas e não sabem como se libertar. Lidar bem com o perdão é uma necessidade para os seres humanos. Mas é difícil! Parece que muitas feridas abertas resistem a cicatrização.
Há uma saída para esse problema. Existem três chaves que eu encontrei na Bíblia que me ajudam a viver uma vida livre de culpas e sem remorsos.
1ª chave: Solte-se do seu rancor e perdoe. Na oração do Pai Nosso (Mateus 6:9-13), Jesus diz que eu serei perdoado assim como eu perdoo (verso 12). Portanto, a norma de vida é perdoe. Não importa o que lhe fizeram, perdoe. Jesus mesmo mostrou o exemplo quando pediu ao Pai que perdoasse os que estavam o condenando e matando.
Em Efésios 4:31-32, Paulo nos convida a deixar “longe de vós toda amargura, e cólera, e ira…”. Oferecer o perdão é o caminho bíblico, mesmo que você seja a parte ofendida, o conselho bíblico é ir até a parte ofensora e se reconciliar. Mas não faz sentido para a nossa natureza humana pecadora, mas faz sentido com a ótica do Senhor!
Todo ciclo de ódio deve ser quebrado por atos de amor. Quem não soluciona o problema, agrava mais o problema. Todos somos feridos e também ferimos – às vezes sem saber. Lembre-se que você jamais olhou nos olhos de uma pessoa que não era importante para Deus. E isso vale até quando se olha no espelho. Quando entendermos isso na prática, começamos a tratar as pessoas de um modo diferente.
2ª chave: Liberte-se da consciência culpada – Deus não minimiza o pecado, Ele perdoa. E muitas vezes ficamos ligados com o sentimento de culpa de algo que aconteceu no passado. Como me libertar disso?
Existem duas maneiras de lidarmos com a culpa: (1) Fugir: essa foi a maneira na qual Judas recorreu. Martirizou-se, uma autocondenação; ou (2) Confessar a Deus: essa foi a saída usada por Pedro, pois contou tudo para Deus. Depois de ter negado Jesus, encontrou-se com Ele e confessou que o amava. Confessou de seu arrependimento, buscou o perdão.
A consciência culpada sempre fica difusa e que somente encontrará alívio no confessar. Confesse o que fez de errado no passado. Se for para com Deus, confesse. Se for para alguém procure essa pessoa e confesse.
3ª chave: Abandone o lamento e adore a Deus. O sofrimento é um companheiro inevitável. Todos nós passamos por perdas, ao nascer perdemos o calor do útero materno, o cordão umbilical que nos alimenta e entramos em uma nova jornada. É a primeira perda que passamos. Mais cedo ou mais tarde enfrentamos outras perdas.
Entenda que não é errado se lamentar: bem-aventurado os que choram…” (Mateus 5:4). O que é errado é se lastimar. Quando nos lastima nós nos isolamos (acabo erguendo muros ao meu redor) e, ao invés de erguer pontes, armo barreiras.
Como Davi lidou com essa culpa? Em 2 Samuel 12:20, a Bíblia nos diz que Davi se levantou depois que a criança morreu, tomou banho, abandonou os panos de saco e entrou no santuário e adorou a Deus.
Meu conselho? Pare de se lastimar e adore a Deus! Abandone seu rancor, adore a Deus. A melhor terapia para um coração quebrado é o diálogo sincero com Deus, ações positivas e a prática do evangelho.
"Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. ... O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida." (Ellen G. White - A Ciência do Bom Viver, p. 241)
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