A segunda vinda de Jesus é o ponto alto dos nossos ensinamentos. É essencial para nossa identidade como cristãos adventistas do sétimo dia. Essa doutrina está gravada em nosso nome e é parte fundamental do evangelho que somos chamados a proclamar. Sem a promessa de Sua vinda, nossa fé seria inútil. Essa gloriosa verdade nos dá um senso de destino e motiva nosso trabalho missionário.
Pode-se argumentar que a extensão do tempo de espera além das nossas expectativas poderia enfraquecer nossa crença na promessa da volta de Jesus. No entanto, isso não aconteceu. Para muitos, nossa paixão pelo retorno de Cristo é mais forte do que nunca.
Ellen G. White no livro Eventos Finais nos descreve como ocorrerá a segunda vinda de Jesus:
A sétima praga
Há um grande terremoto “como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto”. (Ap 16:18). O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. A terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a soçobrar. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniquidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. Grandes pedras de saraiva, cada um “do peso de um talento”, estão a fazer sua obra de destruição. (Ap 16:19-21).
Deus anuncia o tempo da vinda de Cristo
Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto.
O terror dos perdidos
Quando a voz de Deus põe fim ao cativeiro de Seu povo, há um terrível despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida. Os ganhos de uma vida inteira foram em um momento varridos. Os ricos lastimam a destruição de suas soberbas casas, a dispersão de seu ouro e prata. Os ímpios estão cheios de pesar, não por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se arrependem de sua impiedade.
Jesus desce com poder e glória
Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes — milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar.
A ressurreição especial
Abrem-se sepulturas, e “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. (Dn 12:2). Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos que O traspassaram” (Ap 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.
A reação dos que o traspassaram
Os que desempenharam a parte mais saliente na rejeição e crucifixão de Cristo ressuscitam para vê-Lo como Ele é, e os que rejeitaram a Cristo ressurgem e vêem os santos glorificados, e é nessa ocasião que os santos são transformados num momento, num abrir e fechar d’olhos, e são arrebatados para o encontro com o seu Senhor nos ares. Os mesmos que puseram nEle o manto de púrpura e Lhe colocaram sobre a fronte a coroa de espinhos, e os que Lhe perfuraram as mãos e os pés com os cravos, olham para Ele e pranteiam. Então os que O traspassaram clamarão às rochas e montanhas para que caiam sobre eles e os escondam da face dAquele que Se assenta no trono, e da ira do Cordeiro.
A ressurreição dos justos
As nuvens começam a enrolar-se como um pergaminho e eis ali o brilhante e claro sinal do Filho do homem. Os filhos de Deus sabem o que essa nuvem significa. Ouvem-se sons musicais, e, à medida que se aproximam, abrem-se as sepulturas e os mortos são ressuscitados. “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão.” (Jo 5:28-29). Essa voz ressoará em breve por todas as hostes dos mortos, e todo santo que dorme em Jesus despertará e deixará sua prisão. Os preciosos mortos, desde Adão aos últimos santos que morrerem, hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e sairão dos sepulcros para a vida imortal. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória.
Os ímpios são mortos
Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores. Anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem o Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus.
Rumo ao lar!
Os justos vivos são transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos”. À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar com seu Senhor nos ares. Os anjos “ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão-somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: “Rumo ao lar!”
Os anjos cantam: Cristo venceu!
Nesse dia, os remidos resplandecerão com o resplendor do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória — os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestes, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão.
Os santos recebem coroas
Vi então um grandíssimo número de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas, sendo uma para cada santo, com seu nome escrito na mesma. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Sua própria destra o adorável Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. As fileiras esplendentes sã dispostas em forma de um quadrado aberto ao centro, em redor de seu Rei. Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Sua própria destra põe a coroa de glória. Em cada mão são colocadas a palma do vencedor e a harpa resplandecente. Então, ao desferirem as notas os anjos dirigentes, todas as mãos deslizam com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e melodiosos acordes. Diante da multidão de resgatados está a santa cidade. Jesus abre amplamente as portas de pérolas, e as nações que observaram a verdade, entram.
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