Jesus Se interessava pelas crianças. Ele não entrou em nosso mundo como um adulto plenamente amadurecido. Se assim tivesse sido não teriam as crianças Seu exemplo para copiar. Cristo foi criança; passou pela experiência de uma criança; experimentou os desapontamentos e os percalços que experimentam as crianças; conhecia as tentações das crianças e jovens. Mas Cristo foi em Sua meninice e juventude um exemplo para todas as crianças e jovens. Na meninice, Suas mãos se empenharam em trabalho útil. Na juventude trabalhava na oficina de carpinteiro com Seu pai e a eles esteve sujeito, dando assim em Sua vida uma lição a todas as crianças e jovens. Se Cristo não tivesse sido nunca uma criança, os jovens poderiam agora pensar que Ele não simpatizasse com eles. Mas Ele viveu para seu exemplo, e todas as crianças e jovens podem encontrar em Jesus alguém a quem levar todas as suas mágoas e todos os seus desapontamentos, e nEle encontrarão um Amigo que os ajudará.
Jesus ama as criancinhas. Quando as mães levaram a Ele seus pequeninos, os discípulos procuraram afastá-las. Mas Jesus repreendeu-os, e disse: “Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus” (Marcos 10:14). Tomou-os então em Seus amoráveis braços e os abençoou. 1
Nas crianças que foram postas em contato com Ele, Jesus viu os homens e as mulheres que deviam ser herdeiros de Sua graça, e súditos de Seu reino, e alguns dos quais se tornariam mártires por amor dEle. Sabia que essas crianças haviam de Lhe dar ouvidos e aceitá-Lo como seu Redentor muito mais prontamente do que o fariam os adultos, alguns dos quais eram os sábios segundo o mundo e endurecidos de coração. Ensinando, Ele descia ao seu nível. Ele, a Majestade do Céu, respondia-lhes às perguntas, e simplificava Suas importantes lições para alcançar-lhes o infantil entendimento. Plantava-lhes no espírito a semente da verdade que, nos anos por vir, brotaria e daria frutos para a vida eterna.
Quando Jesus disse aos discípulos que não impedissem as crianças de ir a Ele, estava falando a Seus seguidores de todos os séculos — aos oficiais da igreja, aos pastores, auxiliares, e a todos os cristãos. Jesus está atraindo as crianças, e nos manda: “Deixai-as vir”. É como se quisesse dizer: “Elas virão, caso as não impeçais.”
Não deixeis que vosso caráter não cristão represente mal a Jesus. Não conserveis os pequeninos afastados dEle pela vossa frieza e aspereza. Nunca lhes deis motivo de pensar que o Céu não seria um lugar aprazível para eles, se lá estivessem. Não faleis de religião como de uma coisa que as crianças não possam compreender, nem procedais como se não se esperasse delas que aceitassem a Cristo em sua infância. Não lhes deis a falsa impressão de que a religião de Cristo seja uma religião sombria, e que, indo ao Salvador, elas devem renunciar a tudo quanto faz a vida agradável.
Ao tocar o Espírito Santo o coração das crianças, cooperai com Sua obra. Ensinai-lhes que o Salvador as está chamando, que coisa alguma Lhe poderá causar maior alegria do que se entregarem a Ele na florescência e vigor de seus anos. 2
Cristo avaliou tão alto as crianças que deu a Sua vida por elas. Tratai-as como o preço do Seu sangue. Paciente e firmemente educai-as para Ele. Disciplinai com amor e paciência. Ao assim fazerdes elas se tornarão uma coroa de alegria para vós e brilharão como luzes no mundo.
Se tão-somente aprendêssemos as maravilhosas lições que Jesus procurou ensinar a Seus discípulos com respeito a uma criancinha, quanta coisa que agora parece invencível dificuldade desapareceria completamente! Quando os discípulos vieram a Jesus, dizendo: "Quem é o maior no Reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus" (Mateus 18:1-4). 3
Textos extraídos dos livros de Ellen G. White:
1. Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 27
2. A Ciência do Bom Viver, pp. 42-44
3. O Lar Adventista, p. 279
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