As festividades de fim de ano geralmente representam uma época de diversão e celebração, mas para muitas pessoas talvez isso nem aconteça. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira, 23, que a “aposta mais segura” para algumas famílias será não realizar reuniões familiares neste Natal e Ano Novo para impedir a disseminação do coronavírus. Festas de Réveillon, com aglomeração, também não são recomendadas. Em uma reunião virtual em Genebra, a líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, para a covid-19, disse que “em algumas situações, a difícil decisão de não ter uma reunião familiar é a aposta mais segura“.
A pandemia do Covid-19 afetou a todos nós. Nada ficou no lugar. O medo do contágio, o isolamento, as alterações das relações sociais e a dificuldade em fazer planos para o futuro são alguns dos fatores que atingiram em cheio a nossa saúde mental. Com isso, muitos problemas emocionais iniciaram ou se agravaram com a pandemia. E não é pra menos, afinal, estresse e ansiedade são reações comuns em um contexto de insegurança, como este que estamos vivendo.
Para minimizar o sofrimento, como defesa, cada um reagiu de uma maneira. Alguns buscaram conforto emocional através da comida, da bebida, utilizando excessivamente a Internet ou se isolando ainda mais, ocasionando um adoecimento psíquico que, para muitos, se manifestou através de reações depressivas.
Assim, o crescimento de casos de depressão já era esperado uma vez que, além da alteração brusca da rotina, a pandemia, para muitas pessoas, resultou na perda de entes queridos, em desemprego, na interrupção dos negócios, no desgaste das relações, e outros desdobramentos nada favoráveis. Contudo, o pior de todos, é a angústia frente à incerteza de quando sairemos desse túnel sombrio, o que potencializa o sofrimento psicológico.
Além de tudo isso, o estresse, a ansiedade e o estado depressivo também atinge inúmeras pessoas, em especial nos meses de novembro e dezembro (e até janeiro), provocando uma sensação de solidão e vazio.
Para minimizar o sofrimento, como defesa, cada um reagiu de uma maneira. Alguns buscaram conforto emocional através da comida, da bebida, utilizando excessivamente a Internet ou se isolando ainda mais, ocasionando um adoecimento psíquico que, para muitos, se manifestou através de reações depressivas.
Assim, o crescimento de casos de depressão já era esperado uma vez que, além da alteração brusca da rotina, a pandemia, para muitas pessoas, resultou na perda de entes queridos, em desemprego, na interrupção dos negócios, no desgaste das relações, e outros desdobramentos nada favoráveis. Contudo, o pior de todos, é a angústia frente à incerteza de quando sairemos desse túnel sombrio, o que potencializa o sofrimento psicológico.
Além de tudo isso, o estresse, a ansiedade e o estado depressivo também atinge inúmeras pessoas, em especial nos meses de novembro e dezembro (e até janeiro), provocando uma sensação de solidão e vazio.
O professor
e psicólogo da Universidade de Toronto, Adam K. Anderson, acredita que
parte do problema é o bombardeio midiático durante o período de festas,
destacando imagens e situações felizes e satisfeitas de forma exagerada
–para não dizer forçada. “As pessoas podem começar a questionar a
qualidade de seus próprios relacionamentos”, menciona o professor.
A exibição constante de momentos felizes dos outros pode servir como um
lembrete doloroso da felicidade e de amor que está faltando em nossas
próprias vidas. Por esta razão, o mês de dezembro pode ser uma época
particularmente difícil do ano para aqueles que lidam com conflitos
familiares, perda, rompimento, divórcio, solidão e problemas de saúde
mental.
Muito além da leviandade das comemorações e eventos em família estilo
“comercial de margarina” que presenciamos tanto na mídia quanto nas
redes sociais, outros fatores podem desencadear a depressão de forma
mais assertiva, devendo ser identificada para controlarmos a reação
emocional negativa.
O isolamento social é um dos maiores preditores da depressão,
especialmente durante as festas de final de ano. Pessoas que estão
sozinhas ou que têm sentimentos de desconexão, muitas vezes evitam
interações sociais nesta época. Infelizmente, tal afastamento muitas
vezes agrava os sentimentos de solidão e os sintomas de depressão. Esses
indivíduos podem ver outras pessoas passando o tempo com a família ou
divertindo-se com amigos –principalmente nos dias de hoje, com a
exposição excessiva da vida alheia– e se perguntam: “Por que não pode
ser eu?” ou “Por que todo mundo é mais feliz do que eu?”. Neste caso, a
melhor solução é procurar interagir com outras pessoas, por mais difícil
que isso possa parecer. É preciso encarar a solidão assim como
encaramos a sede: procuramos inverter o quadro com uma atitude contrária
à situação.
Para muitas pessoas, a época de festas de fim de ano são uma lembrança
dolorosa do que um dia já foi. Isto é especialmente verdade para as
pessoas que tenham sofrido uma perda significativa, como a morte de um
cônjuge ou o término de um relacionamento. A pandemia, para muitas pessoas, resultou na perda de entes queridos. Para estes indivíduos, é
importante gerenciar as expectativas, dizem os psicólogos. Ao imaginar
como este período irá se desdobrar após uma perda, é preciso incluir
todos os altos e baixos em suas expectativas. É recomendável participar
de momentos reconfortantes como procurar distrações, caminhar ao ar
livre, praticar algum hobbie e se alimentar corretamente. Lembre-se que o luto não é motivo de vergonha!
Buscando ajuda
Se apesar dos esforços você se encontra deprimido, ansioso ou com
sintomas físicos como dificuldades para dormir, irritabilidade e aperto
no peito, é preciso procurar ajuda profissional para reverter o quadro
de depressão. O
auxílio de um psicólogo pode ser muito valioso para que seja possível
superar de vez essa sensação tão angustiante que custa a passar.
O relacionamento com Deus e o envolvimento com Sua obra também são excelentes remédios para o deprimido. No relacionamento com Deus encontramos a esperança que afasta a desesperança da depressão, e a alegria que afasta a tristeza, assim como a segurança que afasta o medo. No serviço do Senhor, focamos em beneficiar os outros e, tirando o olhar de nós mesmos, podemos ter uma perspectiva mais positiva da vida, além do senso de utilidade que uma vida de serviço nos trás. O Deus Criador é um Deus de amor. Ele deseja ver todos bem e felizes, inclusive você. Ore agora e peça ajuda a Ele para que você consiga superar suas dificuldades e passe um feliz final de ano!
"Não ceda à depressão, mas deixe que a confortadora influência do Espírito Santo seja bem-vinda em seu coração, para lhe dar conforto e paz. Se quiser obter preciosas vitórias, encare a luz que procede do Sol da justiça. Fale em esperança e fé, e ações de graças a Deus. Seja animada, esperançosa em Cristo. Aprenda a louvá-Lo. Esse é o grande remédio para as doenças da mente e do corpo" (Ellen G. White - Carta 322, 1906).
Não deixe que as festas de fim de ano sejam desagradáveis e traumáticas.
Ao invés disso, procure prevenir a depressão ao reconhecer os gatilhos
que disparam a tristeza nessa época do ano e contorne a situação de
forma planejada e sistemática. A sua saúde mental e espiritual
agradecem!
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