sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

CRESCEMOS OU ENCOLHEMOS?

Quando o assunto é altura nos dias de hoje, o homem da Holanda e a mulher da Letônia ficam por cima de todas as outras nacionalidades, aponta a pesquisa chamada "Um Século de Tendências na Altura Humana", que é resultado do trabalho de um grupo de mais de 800 cientistas em associação com a Organização Mundial da Saúde. O holandês médio tem hoje 1,83m e a mulher letã alcança 1,70m. A pesquisa, publicada na revista científica eLife, mapeou tendências de crescimento em 187 países desde 1914. O homem brasileiro tem, em média, 1,73m, e a mulher, 1,60m. 

Agora vamos analisar a estatura humana desde o relato bíblico da Criação. O que a Bíblia pode dizer a respeito? Será que a humanidade cresceu ou encolheu desde o período do Éden?

“Havia naqueles dias gigantes na terra" (Gênesis 6:4).

Pelo contexto imediato, vê-se que o termo “gigantes” (nephilim) foi empregado para se referir a seres humanos de elevada estatura. A descrição bíblica refere-se ao período pré-diluviano. Afirma-se que os homens e mulheres que viviam no período do Éden até o período pré-diluviano eram maiores em estatura. Muitos homens e mulheres chegavam a uma estatura aproximada de quatro metros, como comprovada por pegadas e cunhas encontradas por arqueólogos. A escritora Ellen G. White em seu livro História da Redenção (p. 21) diz que Adão possuía mais que o dobro do tamanho dos homens que vivem nos dias de hoje, ou seja, aproximadamente uns 4m. Eva possuía cerca de uns 3,5m:

"Ao sair Adão das mãos do Criador era de nobre estatura e perfeita simetria. Tinha mais de duas vezes o tamanho dos homens que ora vivem sobre a Terra, e era bem proporcionado. Suas formas eram perfeitas e cheias de beleza. Sua cútis não era branca ou pálida, mas rosada, reluzindo com a rica coloração da saúde. Eva não era tão alta quanto Adão. Sua cabeça alcançava pouco acima dos seus ombros. Ela, também, era nobre, perfeita em simetria e cheia de beleza."

Semelhante descrição é dada a Sete, filho de Adão, em Patriarcas e Profetas (p. 46):

“Sete era de estatura mais nobre do que Caim ou Abel, e parecia-se muito mais com Adão do que os demais filhos.”

A Terra “primitiva” (período pré e pós-diluviano) era muito diferente do que é hoje. Isso possivelmente forneceu muitas vantagens (estatura e sobrevida) para a vegetação (árvores imensas), grandes insetos, animais de grande porte (dinossauros) e para os seres humanos. Nesse sentido, as evidências científicas são claras em demonstrar que tanto o planeta Terra quanto o ser humano estão involuindo (degenerando), ao invés de estarem evoluindo em níveis ascendentes, como postulado pelo paradigma evolutivo. A Bíblia mais uma vez mostra a legitimidade de seu conteúdo científico à frente de seu tempo.

A entrada do pecado deu origem não só ao aparecimento de espinhos em plantas, mortes e/ou diminuição de espécies, mas, principalmente, à diminuição dos níveis de elementos químicos essenciais na atmosfera, como o oxigênio. A Bíblia afirma que a Terra sempre possuiu oxigênio (a partir do terceiro dia da semana da criação). Antes do dilúvio, o clima era temperado e possuía muito mais oxigênio do que hoje em dia. Isso contribuía para que as espécies de animais e os humanos fossem maiores em estatura do que são hoje.

Ellen White, no livro Conselhos Sobre Regime Alimentar (p. 117) comenta:

"O homem surgiu das mãos do seu Criador perfeito em estrutura e belo na forma. O fato de ter ele resistido por seis mil anos o constante crescimento dos fardos da doença e do crime é prova suficiente do poder de resistência com a qual foi dotado no princípio. E embora os antediluvianos de modo geral se entregassem sem reservas ao pecado, passaram-se mais de dois mil anos para que a violação da lei natural fosse acentuadamente sentida. Não tivesse Adão originalmente possuído vinte vezes maior vitalidade do que os homens possuem agora, e a presente raça ter-se-ia tornado extinta."

Também há descrições de elevada estatura de homens que viveram no período da conquista de Canaã pelo povo de Israel. Quando chegaram as fronteiras de Canaã, Moisés havia enviado doze espias para colher informações das terras e de seu povo. Dez dos espias voltaram trazendo informações de que seria impossível tomar as terras e batalhar contra o exército daquelas terras por causa da elevada estatura dos homens que ali habitavam. Lemos em Patriarcas e Profetas (p. 389):

“Todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes, filhos de Enoque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos  (Números 13:31-33)."

Portanto, se a versão bíblica é coerente, porque homens e mulheres são tão pequenos comparando-os principalmente com os antediluvianos? Por que existe hoje pessoas de estatura tão baixa? Qual seriam as razões dessa condição de decadência física? O homem condicionado ao pecado, especialmente no que diz respeito a transgressão das leis da saúde, tem sido o grande causador dessa decadência física. Ellen White a esse respeito escreveu em Conselhos sobre Educação (p. 9):

“Tem-me sido apresentada a deplorável condição do mundo no tempo atual. Desde a queda de Adão, a humanidade tem estado degenerando. Foram-me reveladas algumas das razões da lastimável condição atual de homens e mulheres formados à imagem de Deus... Deus não criou o gênero humano em sua presente condição debilitada. Este estado de coisas não é obra da Providência, mas, do homem; e tem sido ocasionado por maus hábitos e abusos, pela violação das leis que Deus estabeleceu para governar a existência humana. Cedendo à tentação de satisfazer o apetite, Adão e Eva caíram originalmente de sua condição elevada, santa e feliz. E é por meio da mesma tentação que os homens se têm debilitado. Eles têm permitido que o apetite e a paixão ocupem o trono, mantendo em sujeição a razão e o intelecto. A violação da lei física e sua consequência, o sofrimento humano, têm prevalecido por tanto tempo, que homens e mulheres consideram o presente estado de doença, sofrimento, debilidade e morte prematura, como a sorte destinada aos seres humanos.”

Ellen White em Conselhos sobre o Regime Alimentar (p. 145) complementa:

“Adão e Eva no Éden eram nobres em estatura e perfeitos em simetria e beleza. Estavam sem pecado e em perfeita saúde. Que contraste com a humanidade agora!”

Até quando essa decadência prevaleceria? Para os que não são céticos, existe uma promessa de restituir homens e mulheres em sua estatura original. Esta decadência não permanecerá por muito tempo mais. Enquanto Jesus não retornar, haverá maior fragilidade física resultante do pecado e das transgressões das leis da saúde. Mas após a segunda vinda de Cristo a este mundo, todos os salvos ressuscitarão em sua estatura comum a qual desceram a sepultura, mas ao longo dos mil anos todos crescerão a estatura original. Ellen White narra o grande contraste em O Grande Conflito (p. 644):

"Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. Apresenta assinalado contraste com o povo das gerações posteriores; sob este único ponto de vista se revela a grande degeneração da raça. Todos, porém, surgem com a louçania e vigor de eterna mocidade... Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto tempo perdido, os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva."

Então, os últimos traços da maldição do pecado serão removidos, e os fiéis de Cristo aparecerão “na beleza do Senhor nosso Deus”, refletindo no espírito, alma e corpo, a imagem perfeita de seu Senhor.

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