quinta-feira, 18 de agosto de 2022

ATÉ QUANDO, SENHOR?

Diariamente, vemos todo tipo de injustiças sendo cometidas. Violência, corrupção, desigualdade social, sofrimento. Às vezes somos tentados a pensar que não há solução, e que o mal prevalecerá para sempre. Muitos personagens bíblicos, profetas e justos tiveram o mesmo sentimento. A Bíblia está repleta de perguntas como estas: “Até quando, Senhor? Até quando existirá injustiça no mundo? Até quando o pecado e o mal parecerão triunfar? Por que as nossas orações não passam do teto?” (veja Sl 6:3; 13:1-2; 35:17; 94:3; Dn 8:13; Ap 6:10).

O profeta Habacuque teve a ousadia de verbalizar o sentimento que temos: “Ó Senhor Deus, até quando clamarei pedindo ajuda, e Tu não me atenderás? Até quando gritarei: ‘Violência!’, e Tu não nos salvarás? Por que me fazes ver tanta maldade? Por que toleras a injustiça? Estou cercado de destruição e violência; há brigas e lutas por toda parte. Por isso, ninguém obedece à lei, e a justiça nunca vence. Os maus levam vantagem sobre os bons, e a justiça é torcida” (Hc 1:2-4, NTLH).

Do ponto de vista bíblico, a resposta para esses questionamentos se encontra no santuário. Depois de refletir intensamente sobre o problema do mal, Asafe concluiu: “Quando tentei entender tudo isso, achei muito difícil para mim, até que entrei no santuário de Deus” (Sl 73:16-17, NVI). O santuário é o centro de comando do Universo, o lugar onde Deus conduz a história. O santuário nos traz a melhor notícia que poderíamos receber: Deus está no controle de tudo; o mal e a injustiça terão fim.

Pensando nisso, o autor dos Salmos escreveu o seguinte: “Ouve a minha oração, Senhor! Chegue a Ti o meu grito de socorro! […] Tu, porém, Senhor, no trono reinarás para sempre […]. Tu Te levantarás e terás misericórdia de Sião, pois é hora de lhe mostrares compaixão; o tempo certo é chegado. […] Responderá à oração dos desamparados; as suas súplicas não desprezará. […] Do Seu santuário nas alturas [isto é, o santuário celestial] o Senhor olhou; dos céus observou a terra, para ouvir os gemidos dos prisioneiros e libertar os condenados à morte” (Sl 102:1, 12-13, 17, 19-20, NVI). “Do céu, trovejas Teus juízos, e a terra cai de joelhos […]. Deus Se põe de pé e corrige o mundo, salva os desafortunados da terra” (Sl 76:8-9, AM).

Note os verbos destacados. É assim que a Bíblia descreve o santuário celestial, a sala do tribunal de Deus. Não como um lugar de pavor e medo, mas de segurança, compaixão e livramento. Na mentalidade bíblica, julgar não significa primariamente condenar, punir e destruir, mas salvar, libertar, ouvir o clamor do aflito, acabar com a injustiça, consertar o que está errado. Com essa ideia em mente, vários autores bíblicos escreveram lindas canções sobre o dia em que Deus irá julgar o mundo e pôr tudo em ordem. São cânticos que extravasam alegria e euforia. Confira apenas um exemplo:

“Cantem ao Eterno uma novíssima canção. Ele fez um mundo de maravilhas! Ele arregaçou as mangas e estabeleceu as coisas no lugar. […] Formem uma orquestra para o Eterno. Tragam um coral de centenas e milhares de vozes. […] Que o mar e seus peixes deem uma salva de palmas, e tudo que vive na terra se junte a eles! Que as arrebentações do mar gritem: ‘Bravo!’, e as montanhas harmonizem o final – um tributo ao Eterno quando Ele chegar, quando Ele vier corrigir a terra. Ele endireitará o mundo todo. Ele corrigirá o mundo e todos os que estão nele” (Sl 98:1, 5, 7-9, AM).

Talvez você, assim como eu, pergunte: “Até quando, Senhor? Será que o mal e o sofrimento nunca vão ter fim?”. Se esse for o seu caso, aqui está a promessa de Deus para você: “Fortaleçam as mãos debilitadas e os joelhos vacilantes. Digam às almas temerosas: ‘Coragem! Ânimo! O Eterno está aqui, bem aqui, prestes a pôr tudo em ordem e reparar todo o mal. Ele está a caminho! Ele vai trazer salvação!’” (Is 34:3-4, AM).

Matheus Cardoso (via Comentário Jovem)

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