terça-feira, 9 de agosto de 2022

OS URUBUS CRISTÃOS DA INTERNET

Tenho visto essa categoria aumentar a cada dia, e tenho que confessar que preciso lutar contra mim mesmo para não me tornar um deles!

Os profetas sempre tiveram um papel fundamental no judaísmo e, no cristianismo, são como torres de vigias. Quase nunca se encaixam nos padrões dos “sacerdotes” e estão lá para falar na cara os erros dos falsos profetas, dos sacerdotes, dos intérpretes, os erros do povo de Deus.

Mas existe uma grande diferença entre um profeta e um cara que só gosta de criticar. O profeta é um cara que não se conforma com o erro, mas que ama muito quem está criticando.

Certa vez ouvi a história de uma profetisa que entrou no gabinete pastoral e falou: “Pastor, Deus vai destruir a nossa cidade esta semana por causa dos nossos pecados!”. O pastor se levantou, olhou nos seus olhos e declarou: “Isso que você está profetizando é falso!”. Com os olhos arregalados, ela perguntou por quê. Ele respondeu: “Porque, se você fosse profetisa de Deus e esta mensagem fosse dEle, você falaria isso com lágrimas nos olhos!”.

Não sei se essa história é verdadeira, mas ela ensina algo que é muito verdadeiro: o profeta sente dor em mostrar os erros dos que são da sua casa. Não é prazeroso para ele, mas ele o faz porque Deus mandou e não tem saída. Ele tenta sempre trazer o conserto e a reconciliação.

Com a internet, os que não eram ouvidos ganharam voz, mas com esta oportunidade veio todo tipo de “profeta” e frustrados religiosos.

Se você varre a casa e joga o lixo fora, você é uma pessoa que está se importando apenas com a casa limpa. Mas, se você leva o lixo até o lixão e fica por lá observando os outros lixos, então você deixou de se importar com a casa e se encantou pelo lixo.

É isso que tenho visto em alguns blogs, vídeos, twitters aqui na internet. Pessoas que já saíram de casa para morar no lixão, onde ficam mexendo nos lixos cristãos para encontrar os mais fedorentos e guardar para sua coleção. Assim, ficam o tempo todo mostrando aberrações “cristãs” e se divertindo com aquilo com que Deus Se entristece.

Apenas urubus gostam de ficar o tempo todo em lixões ao redor das carniças. Este tipo de material não traz vida, não traz mudança social ou religiosa, mas sim entretenimento bizarro, e isso os profetas nunca fizeram.

Tenho que confessar que sou por criação um cara muito crítico, mas não quero transformar minhas redes sociais, minhas peças ou pregações em um lixão em que não me importe mais com a limpeza da casa, e sim em sobreviver da carcaça de quem já esta morto. Deus me ajude a advertir e aconselhar com amor e a não perder o foco!

Marcos Botelho (via Missão Pós-moderna)

Nota do blog: Vamos refletir também nestes dois fortes textos de Ellen G. White:

"O Senhor virá dentro em breve, e estamos cumprindo os deveres decorrentes da justiça? O amor é a base da piedade. Não importa qual seja a sua profissão, nenhum homem tem amor a Deus se não tiver amor altruísta por seu irmão. Ao amarmos a Deus porque Ele nos amou primeiro, amaremos a todos aqueles por quem Cristo morreu. Não nos sentiremos dispostos a permitir que a pessoa em maior perigo e maior necessidade fique sem ser advertida, auxiliada e cuidada. Não seremos propensos a manter os errantes a distância e a ser críticos e exigentes, nem a desampará-los para que se afundem em mais infelicidade e desalento, caindo no campo de batalha de Satanás, pois Deus lidará conosco da maneira como Ele lida com nossos irmãos ou com os membros mais novos da família do Senhor" (Este Dia com Deus, p. 250).

"Demorando-se continuamente nos erros e defeitos dos outros, muitos se tornam dispépticos religiosos. Os que criticam e condenam uns aos outros estão transgredindo os mandamentos de Deus, e são-Lhe uma ofensa. Irmãos e irmãs, afastemos o entulho da crítica e suspeita e murmuração, e não desgastei os nervos externamente. Se todos os cristãos professos usassem suas faculdades investigadoras para ver quais os males que neles mesmos carecem de correção, em vez de falar dos erros alheios, existiria na igreja hoje uma condição mais saudável" (Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 635-638).

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