terça-feira, 8 de novembro de 2022

7 CARACTERÍSTICAS DO AMOR BÍBLICO

Quais são as características do amor bíblico, aquele que segundo Jesus devemos estender ao nosso próximo? Para responder isso, obrigatoriamente temos de ler Lucas 10:25-37, a parábola do bom samaritano. Poderíamos escrever muitos livros sobre o tema, mas vou tentar focar em sete pontos centrais neste pequeno texto.

1. O amor bíblico não para nas boas intenções, ele exige ações concretas (Tg 2:15-16). Desejar o bem ou se condoer do sofrimento alheio é radicalmente diferente de fazer algo a respeito.

2. Deus não espera que você ame somente quem lhe é amável. O samaritano amou seu pior inimigo (Mt 5:43-48). Portanto, amor bíblico não é seletivo, ele se estende ao outro simplesmente porque o outro existe.

3. Sempre haverá aqueles que tentarão justificar sua falta de amor bíblico com argumentos teológicos (Lc 10:29). Esses tais não são para ser seguidos, mas refutados (Lc 10:37). Outros nem tentarão, simplesmente virarão o rosto e seguirão seu caminho.

4. O amor bíblico não leva em conta religião, etnia, nacionalidade, partido politico ou quaisquer outros rótulos da pessoa a ser amada. Ele nasce da graça de quem ama e não do mérito de quem é amado (1Co 13:4-7). Logo, amar, por exemplo, somente quem vota em quem você vota ou pensa como você pensa é precisamente o contrário do amor que Jesus nos ensina.

5. O amor bíblico não se baseia na grandeza do ser amado, mas na compaixão e na misericórdia de quem ama, a partir do exemplo do próprio Deus (Jo 3:16).

6. O amor bíblico é custoso (Lc 10:35). É impossível amar de verdade sem que tenhamos de abrir mão de algo, nem que seja nosso orgulho ou prepotência.

7. Amor bíblico pressupõe amar o outro como você deseja ser amado (Lc 10:27-28). Se um dia você passar fome e sede, não escolherá quem o alimentará e saciará, mas aceitará de bom grado o que lhe for dado, por quem quer que seja. Portanto, você deve fazer o mesmo (Rm 12:20): se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber.

Em resumo, amor bíblico é exercer graça e agir em favor do outro - mesmo que ele não seja amável e que seja preciso negar a si mesmo.

Resta-nos perguntar a nós mesmos: será que temos amado com amor bíblico?

Maurício Zágari (via facebook)

Nota: Fiquem também com estes textos maravilhosos de Ellen G. White:

"Quem se acha intimamente ligado a Cristo é elevado acima do preconceito de cor ou casta. Sua fé apodera-se das realidades eternas. O divino Autor da verdade deve ser enaltecido. Nosso coração deve encher-se da fé que atua por amor e purifica o coração. A obra do bom samaritano é o exemplo que devemos seguir" (Testemunhos para a Igreja 9, p. 209).

"Na história do bom samaritano, ilustra Cristo a natureza da verdadeira religião. Mostra que consiste, não em sistemas, credos ou ritos, mas no cumprimento de atos de amor, no proporcionar aos outros o maior bem, na genuína bondade" (O Desejado de Todas as Nações, p. 350).

"O egoísmo e a fria formalidade quase têm extinguido o fogo do amor, dissipando as graças que deveriam deixar o caráter perfumado. Muitos dos que professam o nome de Jesus têm esquecido que os cristãos devem representar Cristo. A menos que mostremos sacrifício prático para o bem dos outros onde quer que estejamos, não somos cristãos, não importa o que declaremos ser" (O Libertador, p. 37).

"Nosso próximo não são meramente nossos associados e amigos especiais; não simplesmente os que pertencem a nossa igreja, ou que pensam como nós pensamos. Nosso próximo é toda a família humana. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício desse amor, a mais alta profissão de fé não passa de hipocrisia" (Beneficência Social, p. 46). 

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