domingo, 25 de dezembro de 2022

MISTÉRIO DE NATAL: O QUE ERA A ESTRELA DE BELÉM?

Há inúmeras especulações quanto ao que seria a “estrela de Belém” descrita na Bíblia em ligação com o nascimento de Cristo. 

Pouco depois de seu nascimento, Jesus foi visitado por magos do Oriente, que lhe deram as boas-vindas, trouxeram presentes e o adoraram como o futuro rei dos judeus. E essa história, em especial, atrai até hoje a atenção de astrônomos, porque segundo os magos, eles foram alertados por uma brilhante estrela, a chamada “Estrela de Belém”, que surgiu no leste indicando o nascimento do Rei celestial. Então, qual seria a explicação astronômica para a Estrela de Belém? Seria realmente uma nova estrela, algum outro fenômeno celeste ou outra explicação que guiou os reis magos?

Algumas teorias sugerem que eles possam ter se orientado por alguns dos objetos mais diferentões e possivelmente brilhantes do nosso céu: um cometa ou uma supernova (a morte explosiva de uma estrela).

Um cometa é uma das mais comuns explicações, e está no imaginário popular — em ilustrações natalinas, a Estrela de Belém costuma ter uma cauda. Sabemos que o Halley estava visível no céu mais ou menos naquela época, em 11 a.C, e há registros chineses de outro em 5 a.C. Mas é improvável que pessoas consigam seguir um cometa — eles são pouco visíveis a olho nu e mudam de posição no céu com o passar do tempo (de acordo com a rotação da Terra e a sua movimentação pelo universo). Além disso, no mundo antigo, cometas tinham o significado oposto, eram considerados maus presságios. 

Também podemos descartar as supernovas. Para ser vista a olho nu, teria de estar bem próxima, e deixaria um remanescente que conseguiríamos detectar — mas astrônomos não encontraram nada que remonte àquela época. Também não há outros relatos sobre ela, o que é estranho, pois muitas outras pessoas ficariam impressionadas com algo tão grande e brilhante no céu.

Outras hipóteses consideram como referência os astros mais chamativos de nosso céu noturno, como os planetas Vênus, Júpiter e Marte, ou a estrela Sirius (a mais brilhante de todas, na constelação do Cão Maior). Alguns pesquisadores calcularam onde os reis magos teriam ido parar se os tivessem seguido — e nenhum cenário chegou a Israel. Sirius, por exemplo, levaria ao Polo Sul. Na verdade, se eles tivessem seguido qualquer estrela, viva ou morta, provavelmente acabariam andando em círculos. Estrelas nascem e se põem todos os dias no nosso céu, não ficam paradas.

A possibilidade mais astronomicamente factível seria que a Estrela de Belém tenha sido o efeito de uma conjunção — quando dois ou mais corpos celestes, como a Lua e planetas, aparecem bem próximos em nosso céu, chegando até a "encostar" (do nosso ponto de vista, pois continuam separados por milhares de quilômetros no espaço). Eventos deste tipo ficam visíveis por dias ou semanas, com pequenas variações de posição.

Mas a verdadeira explicação para o fenômeno temos no magnífico comentário, inspirado, do Novo Testamento. Ellen G. White, nos livros O Desejado de Todas as Nações, no capítulo 6, "Vimos a Sua Estrela", pp. 33 a 38 e A Verdade Sobre os Anjos, p. 161, faz o relato do que aconteceu naqueles dias. Vejamos alguns trechos:

"Tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-Lo” (Mateus 2:1, 2).

Os magos do Oriente eram filósofos. Faziam parte de uma grande e influente classe que incluía homens de nobre nascimento, bem como muitos dos ricos e sábios de sua nação. Entre estes se achavam muitos que abusavam da credulidade do povo. Outros eram homens justos, que estudavam as indicações da Providência na natureza, sendo honrados por sua integridade e sabedoria. Desses eram os magos que foram em busca de Jesus.

Pelas Escrituras hebraicas, os magos tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a "Consolação de Israel" (Lucas 2:25), mas uma "luz para alumiar as nações" (Lucas 2:32), e "salvação até aos confins da Terra" (Atos 13:47).

Os sábios haviam estudado as profecias e sabiam que se achava às portas o tempo em que Cristo deveria vir. Achavam-se ansiosamente aguardando por algum notável sinal deste grande evento, para que pudessem encontrar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Rei celestial e adorá-Lo.

Estes sábios haviam contemplado os céus iluminados com a luz que irradiara dos mensageiros celestiais que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores de Israel. Depois que a multidão angélica retornara ao Céu, uma brilhante estrela aparecera. A aparência incomum da grande e luminosa estrela, que nunca antes haviam observado, pendente no Céu como que significando um sinal, atraiu a atenção dos magos, e o Espírito de Deus moveu-os a saírem à procura dAquele que viera do Céu para visitar o mundo caído.

"Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino" (Mateus 2:9).

Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara:

“Uma Estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel" (Números 24:17).

Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe.

[Contém informações de UOL]

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