Tem rei que nasce pelo sangue azul, mas tem rei que surge do campo verde. Se a chuteira foi o seu trono, uma nação brasileira lhe acompanhou 95 vezes saltando alto com um soco no ar. É camisa 10! É gol! Mas, todo o jogo tem um apito final e o placar desta vida entrou para a História.
Pelé.
Nasci ouvindo dele. Cresci sabendo dele. Lembra dele agarrado ao Galvão berrando “é tetra, é tetra”? Longe de ser perfeito, incluindo a montanha-russa de sua vida pessoal, o país chora reunindo as lágrimas mundiais do futebol. Como não homenagear aprendendo com tal legado de bola na rede? Nas lições de seus mais de 1200 golaços? Por aqui a nossa partida continua, ainda que nos minutos de acréscimo.
“Que homem pode viver e não ver a morte, ou livrar-se do poder da sepultura?” (Sl 89:48). O pecado que desiguala a arquibancada da seleção, nivela a todos quando as luzes do estádio se apagam. Ídolos não são deuses. E morrer é inevitável. A menos que a esperança seja mais forte.
“Sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz” (Is 9:2). Percebe a urgência da promessa neste vale de famosos e anônimos? De uma rainha a um rei, este ano encerrou o jogo de várias celebridades. É lembrete de que até a prorrogação dos grandes também acaba. E depois?
Se o Pelé foi o brasileiro mais conhecido no mundo, que a nossa fé também contagie quem nos rodeia. Como ele, todos já chutamos para fora, ou batemos na trave. Porém, que o êxito dos acertos supere as zebras da nossa caminhada. É hora de prantear a mortalidade, reconhecer a genialidade, e driblar a nossa humanidade.
Afinal, “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15:26). Exatamente. Cada ser humano já tem uma goleada a seu favor. Ninguém foi feito pelo Supremo Juiz para sair de campo sem Ele. Que isso supere qualquer gol contra - sem desânimo, nem derrota. E levantemos a cabeça antevendo a taça que tem para todos.
Esqueceremos o Pelé? Nunca. Contudo, lembremos o quanto ainda tem jogo pela frente. Se entramos na pequena área mirando a rede balançando? Chutemos confiantes de que os adversários ficaram para trás. Sem goleiro. E o Rei dos reis gritará, aplaudindo:
É gol!
Odailson Fonseca (via instagram)
"O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu estão prestes a ser entregues aos herdeiros da salvação, e Jesus deve reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ellen G. White - Eventos Finais, p. 254).
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