quarta-feira, 3 de abril de 2024

E A TERRA TREMEU

"Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto" (Apocalipse 6:12).

O mundo tem enfrentado diversos desastres naturais graves ao longo da história. Jesus advertiu que, quando se aproximasse o tempo do fim, ocorreriam abalos sísmicos “em vários lugares” (Mt 24:7, 8). Hoje mesmo, um poderoso tremor de magnitude 7,4 sacudiu a costa leste da ilha de Taiwan, o mais forte dos últimos 25 anos (foto acima). Segundo autoridades locais, o terremoto em Taiwan causou o desabamento de pelo menos 26 edifícios e, no momento, socorristas trabalham no resgate de pessoas que ficaram presas nos escombros.

Apocalipse 6:12 previu um “grande terremoto” no início do sexto selo. Para os adventistas do sétimo dia, essa predição se cumpriu por meio do terrível terremoto que atingiu Lisboa na manhã de sábado, 1º de novembro de 1755, Dia de Todos os Santos, um dos mais importantes feriados católicos.

Ellen G. White assim descreve: "Em cumprimento dessa profecia, em 1755 ocorreu o mais terrível terremoto que já se registrou. Conhecido como terremoto de Lisboa, estendeu-se pela Europa, África e América. Foi sentido na Groenlândia, nas Antilhas, na Ilha da Madeira, na Noruega e na Suécia, na Grã-Bretanha e na Irlanda, numa extensão de mais de dez milhões de quilômetros quadrados. Na África o choque foi quase tão violento quanto na Europa. Grande parte da Argélia foi destruída. Uma vasta onda varreu a costa da Espanha e da África, submergindo cidades" (O Grande Conflito, p. 304).

De acordo com Otto Friedrich, várias pessoas alegavam antecipadamente ter recebido revelações sobrenaturais de que Lisboa, a Rainha do Mar, logo seria punida por sua iniquidade. Na noite anterior à tragédia, o padre Manuel Portal, do Oratório, “havia sonhado que Lisboa estava sendo devastada por dois terremotos sucessivos” (O Fim do Mundo, p. 227).

Qualquer que tenha sido a origem dessas revelações, naquela fatídica manhã, pouco depois das 9h30, quando muitos fiéis estavam na igreja assistindo à missa, a cidade foi gravemente sacudida durante dez minutos por três abalos sísmicos sucessivos, seguidos de uma onda gigantesca e um incêndio devastador que durou uma semana. Ellen G. White continua descrevendo assim: "O terremoto ocorreu num dia santo, em que as igrejas e conventos estavam repletos de gente, muito pouca da qual escapou. O terror do povo foi indescritível. Ninguém chorava; estava além das lágrimas. Corriam para aqui e para acolá, em delírio, com horror e espanto, batendo no rosto e no peito, exclamando: ‘Misericórdia! é o fim do mundo!’ Mães esqueciam-se de seus filhos e corriam para qualquer parte, carregando crucifixos. Infelizmente, muitos corriam para as igrejas em busca de proteção; mas em vão foi exposto o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçaram os altares; imagens, padres e povo foram sepultados na ruína comum. Calculou-se que noventa mil pessoas perderam a vida naquele dia fatal" (Idem, p. 305).

Nenhum outro terremoto causou um impacto filosófico, cultural e religioso tão profundo quanto esse. Até mesmo Voltaire se referiu a ele como “um terrível argumento contra o otimismo”. Harry Fielding Reid o caracterizou como “o terremoto mais notável da história”. T. H. Kendrick afirmou que o terremoto de Lisboa chocou “a civilização ocidental mais do que qualquer outro evento desde a queda de Roma no quinto século”. O título do excelente livro de Edward Paice, A Ira de Deus: A Incrível História do Terremoto Que Devastou Lisboa em 1755, expressa bem o profundo significado religioso dessa catástrofe.

O terremoto de Lisboa pode ser considerado o primeiro grande sinal na sequência de grande terremoto/Sol/Lua/estrelas de Apocalipse 6:12 e 13. Muitas pessoas tiveram a certeza de que havia chegado a hora do juízo divino. Estamos hoje muito mais próximo do fim do que eles naquela época. Senhor, abre nossos olhos para enxergar os sinais da Tua vinda e estar prontos para esse glorioso evento!

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