quarta-feira, 13 de agosto de 2025

O AMOR

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor" (1Coríntios 13:13).

O que é realmente importante na vida? Qual o bem supremo? O que é essencial e merece absorver nossa lealdade e comprometimento? Pessoas de todas as épocas têm feito essas perguntas a si mesmas. Muitos têm considerado a fé como a grande virtude. Contudo, no texto acima, Paulo leva-nos à essência do cristianismo. Mencionando a fé, a esperança e o amor, ele conclui: “O maior destes é o amor.”

Em 1 Coríntios 13, encontramos a sublime anatomia do amor. O amor é comparado com uma lista dos dons altamente considerados nos dias do apóstolo, como falar em línguas, profetizar e exercer caridade. O amor é maior do que todos esses dons, porque o fim é maior que o meio. Deus é amor, e o propósito final do amor é tornar o homem mais semelhante a Deus.

Depois dessa constatação, o apóstolo analisa o amor. Aqui nos deparamos com seus ingredientes. Inicialmente, vemos o que ele é: paciente e benigno. Então, o que ele não é: invejoso, leviano, vaidoso, indecente, egoísta. Imagine viver com pessoas movidas por um amor como esse ou, melhor ainda, ser uma pessoa motivada por essa grande força! Imagine um lar, uma igreja e uma escola assim, em que a preocupação básica das pessoas é o bem dos outros! Ellen White afirma que "o que é mais necessário é amor pelas pessoas que perecem, o amor que vem em ricas torrentes do trono de Deus. O verdadeiro cristianismo difunde o amor por todo o ser (Exaltai-O, p. 147).

Paciência, bondade, generosidade, humildade, cortesia, altruísmo… O amor é um princípio que invade cada área da vida. O amor tem relação com aquilo que conhecemos. O teste real da religião não está no reino do desconhecido, mas dentro dos relacionamentos diários. Por isso, se não amamos aqueles que vemos, como amaremos a Deus, que não vemos? (ver 1Jo 4:20). Ellen White afirma que "é somente por meio de interesse altruísta por aqueles que estão em necessidade de auxílio que damos uma demonstração prática das verdades do evangelho" (E Recebereis Poder, p. 243).

O amor é o hálito de Deus que transforma as coisas ordinárias. O amor é bondoso, diz Paulo. Bondade é o amor em ação, a maneira como Cristo viveu. O amor não busca os interesses próprios. Segundo Jesus, a felicidade não é encontrada em “ganhar” e “acumular”, mas em ofertar e servir. Assim, podemos ver que dois terços da humanidade, ou mais, estão correndo na pista errada. Ellen White diz que "o amor é um princípio ativo; conserva continuamente diante de nós o bem dos outros, refreando-nos de praticar atos desatenciosos, a fim de não falharmos em nosso objetivo de ganhar almas para Cristo. O amor não levará os homens a ir após seu bem-estar e a satisfação do próprio eu. É o respeito que prestamos ao eu, que tantas vezes estorva o crescimento do amor" (Mente, Caráter e Personalidade 1, p. 240).

Finalmente, Paulo apresenta a defesa do amor. Por que ele é maior? Porque o amor permanecerá para sempre. Tudo mais é temporário e passageiro. Você pode pensar em algo que vai durar para sempre, exceto o amor? O amor está ligado com a vida e com próprio Deus. O amor é o teste da religião. 

Ellen White finaliza dizendo que o "supremo amor por Deus e desinteressado amor mútuo - eis o melhor dom que nosso Pai celestial pode conceder. Este amor não é um impulso, mas um princípio divino, um poder permanente. O coração não consagrado não o pode criar ou produzir. Ele somente é achado no coração em que Jesus reina. 'Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro' (1Jo 4:19). No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio que regula a ação. Ele modifica o caráter, governa os impulsos, controla as paixões e enobrece as afeições. Este amor, acariciado na alma, ameniza a vida e derrama influência enobrecedora ao redor" (Ato dos Apóstolos, p. 286).

Amor não se inventa, não se diz, não se pede, não se compara, não se aprisiona. Amor é uma pessoa, uma ação, um tempo, um fim. Em uns, é uma palavra, em outros, a própria vida. E o melhor de tudo: amor é uma força que produz amor.

Na cena do juízo final, em Mateus 25, a pergunta será: “Você amou?”

Ouse amar.

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