Eu tenho medo dos "novos santos". Eu tenho medo do evangelho açucarado que eles pregam. Eu tenho medo da salvação barata que proclamam, da vida descomprometida que levam. Eu tenho medo dos “novos santos” que fizeram da Bíblia o horóscopo do jornal, que só fala aquilo que querem ouvir. Eu tenho medo do Cristo “cardiologista” que aceitam, o Cristo que quer o coração e só o coração. Um Cristo despreocupado, que não se interessa pelo meu corpo e nem pelos meus hábitos. Eu tenho medo dos “novos santos”.
Tenho medo desse cristianismo medíocre, dessa vida religiosa nivelada por baixo, do evangelho onde sofrer, ficar doente, ser pobre, não ter carro e morar de aluguel é quase pecado.
Temo esses “novos santos” e a sua “nova santidade” comprada, suas fórmulas mágicas e seus amuletos. Fico com medo dessa mensagem superficial, da conversa quase verdadeira, da vida de oração sem Bíblia, da Bíblia de auto-ajuda que lêem e da corrida existencialista que correm. Tenho medo desses “novos santos” que cada vez mais aproximam a velha vida da nova vida.
Eu tenho medo dos “novos santos” porque eles são muito esquecidos. Esqueceram-se dos “antigos santos”, esqueceram-se que o padrão dos cristãos é Cristo. Não basta ser diferente da massa, precisa ser parecido com Cristo. Esqueceram que os “antigos santos” abriam mão DAS coisas, não PARA as coisas. Os “antigos santos” padeciam por Cristo, não enriqueciam por Ele.
Perderam de vista a idéia de que ser santo é ser servo, é ser fiel a Palavra de Deus. Ser santo é querer do jeito dEle e não do meu. Ser santo é viver aqui sem ser daqui, influenciando os que estão aqui para concentrar-se em ir para onde o Santo dos santos quer.
Até onde vão os “novos santos”? Não sei. Sei que independente deles, preciso manter a esperança no SANTO.
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