Fui convidado pra dar uma palestra sobre os jovens e a mídia. De vez em quando, alguém me convida pra coisas do tipo. Vou, em alguns casos, a contragosto. A razão é simples: desanima-me chegar com a ideia de que é preciso reflexão, estudo, leitura, diálogo, comunhão, oração, o "culto racional" sugerido por Paulo (Romanos 12:1), para a formação de conhecimento e posterior posicionamento, quando quase sempre o que a turma quer é fórmula pronta. E vem o bombardeio: Esse tipo de filme o cristão pode ver? Ficção é pecado? Isso pode? Isso não pode? E me diga sem rodeios, porque estou com uma pressa daquelas...
São os sintomas da geração fast food. O avanço da tecnologia e o acesso extraordinário à comunicação, que podem servir para o crescimento humano, acabam se tornando foco de ansiedade, especialmente pra juventude. Tudo tem que vir rápido e fácil, embalado e pra consumo instantâneo. Se a vida não for além do nissin miojo, já viu, tem depressão à vista. Vale pro sanduíche ali da esquina e vale pro estilo de vida também. Essa geração aprendeu a viver com pressa. E essa vida em banda larga periga chegar também na igreja, um espaço tradicionalmente dedicado à reflexão.
Acredito que o Cristianismo seja um porto seguro pra essa geração. Mas pra que isso aconteça, líderes cristãos precisam se desligar do canto de sereia da cultura pop. Não é fácil. Hoje em dia é praticamente impossível chamar a atenção da juventude cristã sem um videozinho, um gráfico maneiro, uma atitude forçadamente descolada. Sei disso. Trabalho com comunicação. E vejo que, pra falar com o jovem, o pastor tem que virar brother. Não que os jovens peçam isso. Mas na cabeça de muitos líderes, essa é a única linguagem que eles entendem.
Não é bem assim. Na Inglaterra, virou febre, no início desta década, a conversão de jovens ao Islamismo. Não se tem, ali, necessariamente, uma religião cool. Pelo contrário. Há privações, há compromissos rigidamente assumidos, há um calendário religioso intenso. Há, acima de tudo, orientação.
E orientação é tudo o que os jovens de hoje precisam. A constatação vem da pesquisa "Este jovem brasileiro", idealizada pelo psiquiatra Jairo Bauer, em parceria com o Portal Educacional. A conclusão do estudo é de que o jovem segue em busca do "prazer imediato, interesse próprio e consumismo". Receita capaz de preocupar autoridades ligadas à saúde pública, uma vez que resulta em morte de muitos jovens, por meio de acidentes, assassinatos e suicídios.
São os sintomas da geração fast food. O avanço da tecnologia e o acesso extraordinário à comunicação, que podem servir para o crescimento humano, acabam se tornando foco de ansiedade, especialmente pra juventude. Tudo tem que vir rápido e fácil, embalado e pra consumo instantâneo. Se a vida não for além do nissin miojo, já viu, tem depressão à vista. Vale pro sanduíche ali da esquina e vale pro estilo de vida também. Essa geração aprendeu a viver com pressa. E essa vida em banda larga periga chegar também na igreja, um espaço tradicionalmente dedicado à reflexão.
Acredito que o Cristianismo seja um porto seguro pra essa geração. Mas pra que isso aconteça, líderes cristãos precisam se desligar do canto de sereia da cultura pop. Não é fácil. Hoje em dia é praticamente impossível chamar a atenção da juventude cristã sem um videozinho, um gráfico maneiro, uma atitude forçadamente descolada. Sei disso. Trabalho com comunicação. E vejo que, pra falar com o jovem, o pastor tem que virar brother. Não que os jovens peçam isso. Mas na cabeça de muitos líderes, essa é a única linguagem que eles entendem.
Não é bem assim. Na Inglaterra, virou febre, no início desta década, a conversão de jovens ao Islamismo. Não se tem, ali, necessariamente, uma religião cool. Pelo contrário. Há privações, há compromissos rigidamente assumidos, há um calendário religioso intenso. Há, acima de tudo, orientação.
E orientação é tudo o que os jovens de hoje precisam. A constatação vem da pesquisa "Este jovem brasileiro", idealizada pelo psiquiatra Jairo Bauer, em parceria com o Portal Educacional. A conclusão do estudo é de que o jovem segue em busca do "prazer imediato, interesse próprio e consumismo". Receita capaz de preocupar autoridades ligadas à saúde pública, uma vez que resulta em morte de muitos jovens, por meio de acidentes, assassinatos e suicídios.
"Essa é uma geração perplexa, percebe-se que os jovens estão devendo algo", afirma o consultor Antônio Carlos Gomes da Costa, do Instituto Ayrton Senna. "A ausência de projetos de vida não deixa apenas um vazio, mas gera um projeto de morte; e aí vem toda essa adrenalina, essa busca do imediato, das sensações, da intensidade", completou, em entrevista ao Diário de Pernambuco, há dois anos.
É um dilema com duas situações distintas: ou se atém a projetos de fôlego, como a disseminação de literatura denominacional entre os jovens, e estímulo ao mundo das missões cristãs, ou então a vida se resume a juntar a galera pra uma pipoquinha junto com um filminho básico, não sem antes conferir no menu quais são os pecados da hora. E tudo, é claro, na velocidade de um download.
Heron Santana
É um dilema com duas situações distintas: ou se atém a projetos de fôlego, como a disseminação de literatura denominacional entre os jovens, e estímulo ao mundo das missões cristãs, ou então a vida se resume a juntar a galera pra uma pipoquinha junto com um filminho básico, não sem antes conferir no menu quais são os pecados da hora. E tudo, é claro, na velocidade de um download.
Heron Santana
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