John Robert Walmsley Stott (27 de abril de 1921 – 27 de julho de 2011) |
Faleceu aos 90 anos de idade, o teólogo britânico John Stott. Uma lenda viva. Escreveu seu nome na história como presidente do comitê que elaborou o Pacto de Lausanne, em 1974. Há mais de três décadas, Stott dedica, todos os anos, três meses para viajar pelo mundo, dando atenção especial às igrejas localizadas em regiões onde o cristianismo é minoria.
Em 1982, fundou o London Institute for Contemporary Christianity, do qual hoje é presidente honorário. Escreveu mais de 40 livros, entre outros: Ouça o Espírito, ouça o mundo, A Cruz de Cristo, Por que sou cristão e Cristianismo Básico - este um best-seller com mais de 2,5 milhões de cópias vendidas e traduzido em centenas de línguas.
John Stott, anglicano, era considerado uma das mais expressivas vozes da igreja protestante. Billy Graham, fundador da Christianity Today chamou John Stott de "o mais respeitável clérigo no mundo hoje".
Em 2009, John Stott recebeu Christianity Today em sua casa, em Londres, para uma entrevista. A seguir, reproduzimos um pequeno trecho desta conversa:
CRISTIANISMO HOJE – O que mudou na Igreja Evangélica ao longo de seu ministério?
JOHN STOTT – Fui ordenado há 64 anos e lembro que, quando comecei, os evangélicos eram uma minoria desprezada e rejeitada. Desde então, vi o movimento evangélico crescer em tamanho, maturidade, e, com certeza, em erudição. Em termos de influência, saímos de um gueto e nos colocamos em posição de predomínio, um lugar muito perigoso.
CH – Qual é o perigo?
JS – O orgulho é o perigo que está sempre presente e que se coloca diante de nós. Em muitos aspectos, é bom sermos desprezados e rejeitados. Penso nas palavras de Jesus: “Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês”.
CH – Provavelmente, ninguém conhece mais a Igreja ocidental do que o senhor. Faça uma avaliação sucinta dela.
JS – Vejo crescimento sem profundidade. Ninguém contesta o crescimento imenso da Igreja – mas esse processo tem sido, em grande escala, numérico e estatístico. O crescimento do discipulado não tem sido equivalente ao aumento dos números.
CH – O que a Igreja precisa fazer para alcançar a sociedade pós-cristã e secularizada do século 21?
JS – Acredito que essas pessoas que taxamos como seculares se lançam à busca de pelo menos três coisas. A primeira é transcendência. Cada vez mais gente procura alguma coisa além do que vive e vê. A segunda é a busca de significado. Quase todo mundo procura sua identidade pessoal, quer encontrar o sentido da vida. Isso desafia a qualidade de nosso ensino cristão de que os humanos são criados à imagem de Deus. E a terceira coisa que todos andam buscando é comunhão, relacionamentos de amor. Gosto muito do que está escrito em I João 4:12: “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor está aperfeiçoado em nós.”
Vale a pena ver este vídeo Memorial - com tradução para o português
Fonte: Genizah
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