Primeiramente, digo que sou um mero observador, não tenho presunção de ditar regras.
Como blogueiro evangélico, eu proponho que façamos uma pequena reflexão sobre as razões de publicar o que publicamos em nossos blogs cristãos.
Com o passar dos dias, cada vez mais nós encontramos nas vitrines das lojas brasileiras computadores com mais avanços tecnológicos e preços menores. Resultado: as vendas vão de vento em popa. Então, é fácil prever que a tendência quanto à popularização da comunicação via Internet é aumentar a participação de cristãos na Blogosfera Evangélica.
Já ouvi alguém fazer um comparativo entre os anos anteriores à invenção de Gutemberg e a popularização dos blogs. Martinho Lutero, com bastante propriedade, fez uso da Imprensa para efetuar a Reforma Protestante. Mas, e os evangélicos do século 21? Qual reforma eles querem fazer ao blogar?
A web é o mundo em versão virtual. É uma janela aberta para o mundo, e o blogueiro acertadamente pressupõe que existe liberdade para se expressar. Mas tenho navegado e lido muitos artigos e às vezes sinto apreensão ao que leio. Infelizmente, tenho a impressão que alguns colegas estão digitando sem ter um editorial definido para comunicar e não estão levando em conta os parâmetros que Jesus Cristo nos deixou, pois os conteúdos parecem não condizer com a favorável condição evangelística que a Internet é para quem é evangélico.
Na Blogosfera Cristã não está surgindo apenas os blogs evangelísticos. Alguns blogs seguem a linha da apologética. As postagens são em tom crítico, são ousadas, mas os autores não levam em consideração que tais mensagens têm público-alvo definido e a Internet é um circuito amplo, é composta de internautas de todas as espécies. Ou seja, leitores que não têm nada a ver com o assunto trombam em icebergs e correm o risco de naufragar.
Em Provérbios 25:11, encontramos a observação de Salomão sobre relacionamento interpessoal. Ele escreveu que as palavras ditas na hora certa são como maçãs de ouro em salvas de prata. É algo elegante se situar no local ideal e agir em tempo oportuno.
Existem muitos usuários da Internet que ainda não tomaram posicionamento quanto a sua condição espiritual. Eles são almas espiritualmente famintas, confusas e sem rumo, são agnósticos e ateus. Necessitam do Pão da Vida, precisam saborear João 3:16 e Atos 4:10. E também há os inimigos da fé cristã.
Na Grande Comissão, a ordem que Jesus Cristo deixou aos discípulos foi evangelizar, fazer discípulos e batizá-los. Mas, infelizmente, alguns blogueiros usam a janela virtual para publicar composições com diversidades de temas, mas nunca criaram um artigo com pauta evangelística. Eles parecem não ter interesse de mostrar aos perdidos como se faz para entrar no céu.
Bogueiros que se intitulam como apologistas da fé, com ética cristã questionável, tão-somente, blogam com a finalidade de criticar irmãos. Qualquer um que se apresente dizendo que aceitou a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, mas não pertence à denominação evangélica que eles fazem para são alvos certeiros de suas palavras duras.
Minha impressão é que eles estão em êxtase, sentem o afã de se expressar às massas incalculáveis de prováveis leitores, almejam ganhar notabilidade e passam por uma onda de catarse. Porém, são blogueiros sem propósito evangelístico. É como aquela pessoa que recebeu uma hora cheia para falar ao microfone, não conhece o perfil dos ouvintes, e não tem nada claro para dizer a eles. Então, o conteúdo da mensagem entregue não é apropriado ao público-alvo. Mesmo que a mensagem seja importante, não será recebida com o grau de importância que possui. Não basta dizer algo acertado, é necessário que a mensagem seja entregue na hora certa e ao público certo também.
Para ser um blogueiro evangélico não basta possuir um computador plugado em banda larga e dominar os segredos das configurações do blog. É necessário ter o que dizer e se fiar sempre pela reta justiça ao falar a Palavra do Senhor. A comunicação constrói e destrói em grandes proporções. O apóstolo Tiago escreveu que a língua tem enorme poder avassalador. A consequência da palavra pronunciada sempre estará muito além do controle e noção de quem a pronuncia ou escreve. Então, no frigir dos ovos, antes de levar sua mão a pressionar a tecla “enviar” releia o texto que escreveu e pergunte-se:
- O que digitei irá salvar almas ou matá-las?
- O que digitei é apropriado para a leitura pública ou apenas para uma reunião ministerial, em porta fechada, da turma de obreiros da minha igreja?
Eliseu Antonio Gomes - Ubeblogs
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