O filme sobre Jesus Cristo que o cineasta holandês Paul Verhoeven (“Robocop”, “O Vingador do Futuro”, “A Espiã”) planeja há anos finalmente conseguiu financiamento.
Segundo o Deadline, a Muse Productions de Chris Hanley (produtor de “Psicopata Americano”) vai bancar “Jesus of Nazareth”. A Muse está também contratando Roger Avary para escrever a nova versão do roteiro. Assim como Verhoeven, Avary, corroteirista de “Pulp Fiction”, é conhecido por seus trabalhos provocativos, como “Regras da Atração”.
Verhoeven diz pesquisar a história de Jesus há duas décadas para o filme. Sua intenção é narrar a vida do nazareno de um ponto de vista científico, histórico e político. Em entrevistas, ele já disse que esse “ponto de vista científico” inclui aferir que Maria não engravidou por desígnio divino, mas foi estuprada por um soldado romano durante a revolta judaica contra o império na Galileia.
Na visão do cineasta, que diz não crer nos milagres registrados na Bíblia, Jesus era um profeta radical que fazia exorcismos e acreditava que encontraria o reino dos céus na Terra. “Se olhar o homem, fica claro que você tem ali uma pessoa completamente inovadora no campo da ética. Minha paixão pessoal por Jesus surgiu quando eu comecei a perceber isso. A questão não são os milagres, mas a nova ordem ética, uma visão aberta em relação ao mundo, o que se opunha à dominação dos romanos. Acho que ele foi crucificado porque, politicamente, era uma pessoa perigosa que estava em crescimento. Os ideais de Jesus dizem respeito a uma utopia do comportamento humano”, disse Verhoeven ao Deadline, no ano passado.
Verhoeven organiza essas ideias no livro Jesus of Nazareth, lançado em 2011 e sem tradução em português por enquanto.
(Omelete)
Nota: Verhoeven é mais um que, movido por sua vaidade ou talvez em busca de dinheiro fácil (sim, porque Jesus sempre foi um personagem “vendável”), procura exaltar acima da Bíblia (a biografia autorizada de Jesus) suas ideias pessoais. Além disso, é um tanto estranho considerar um homem que Se dizia Deus como alguém ético e admirável. Nesse caso, ou se aceita a divindade dEle ou se ignora o personagem, considerando-O louco. Meio-termo, aqui, não dá. Infelizmente, mais distorção vem por aí e multidões que não estudam a Bíblia e a História sairão do cinema com essa “nova visão” blasfema de um ser humano que não crê, mas quer falar do Filho de Deus.
Michelson Borges - Criacionismo
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