[...] Fico triste quando ouço jovens cristãos falando com empolgação das conquistas do time para o qual torcem, mas sem entusiasmo pela missão da igreja. Podem mencionar a escalação completa da equipe esportiva, inclusive de anos passados, mas mal sabem o nome dos doze apóstolos. Gastam somas consideráveis em dinheiro na compra de camisetas oficiais e outros souvenires, mas relutam em dar ofertas. Parece que se esqueceram do que significa ser cristão; que cremos numa verdade capaz de abalar o mundo – afinal, nosso Mestre é Deus que Se fez homem, morreu numa cruz para nos salvar e prometeu voltar!
É como diz o texto de C. S. Lewis, que li no Devocionário de Bolso 'Um Ano Com C. S. Lewis', da Editora Ultimato, página 11: “Acreditar em um ‘Deus impessoal’ – tudo bem. Em um Deus subjetivo, fonte de toda a beleza, verdade e bondade, que vive na mente das pessoas – melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir – o ideal. Mas sentir o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma velocidade infinita, o caçador, rei, marido – é outra coisa.”
Se os cristãos mantivessem comunhão com esse Deus real, que fala, guia, ilumina e ama, não teriam mais tempo nem disposição para se envolver com futilidades e, pior, idolatrias. Enquanto a Verdade liberta (Jo 8:32), o vício (de qualquer espécie) escraviza.
Marx dizia que a religião é o ópio do povo. Discordo, pois a verdadeira religião tem a capacidade de libertar. Mas que há muitos opiáceos disfarçados por aí, isso há. E o “futebolópio” pode muito bem ser um desses. E olha que narcotiza multidões! [...]
Extraído de texto de Michelson Borges - Na íntegra aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário