Ataque suicida contra micro-ônibus em Cabul, no Afeganistão |
O braço da Al-Qaeda no Norte da África fez um apelo nesta terça-feira por mais ataques contra diplomatas americanos por causa do vídeo anti-Islã produzido nos EUA que motivou uma onda de protestos muçulmanos em vários países.
Nesta terça-feira, uma suicida atirou um carro cheio de explosivos contra um veículo que levava um grupo de sul-africanos até um aeroporto. O grupo militante islâmico Hizb-i-Islami assumiu o ataque, que deixou 12 mortos, e disse que ele foi uma retaliação ao vídeo, produzido por um cidadão americano nascido no Egito.
O porta-voz do grupo, Zubair Sidiqi, disse que o atentado foi provocado por Fátima, uma jovem de 22 anos que integra o grupo.
Em comunicado, a Al-Qaeda no Magreb Islâmico elogiou o ataque em Benghazi que matou o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens.
"Parabenizamos nossos irmãos rebeldes muçulmanos que defenderam a honra do nosso profeta e dizemos a eles: a morte do embaixador dos EUA é o melhor presente que vocês deram a esse governo arrogante e injusto", afirmou o grupo, pedindo que insurgentes – especialmente na Argélia, Tunísia, Marrocos e Mauritânia - "matem embaixadores e representantes dos EUA ou os expulsem e purifiquem a nossa terra em vingança".
O grupo que assumiu o ataque em Cabul, Hizb-i-Islami, é chefiado por Gubuddin Hekmatyar, um ex-premiê afegão que já foi aliado dos EUA e hoje é listado como terrorista. A milícia tem milhares de combatentes e seguidores no norte e no leste do Afeganistão.
A terça-feira foi de violência também no Paquistão, onde centenas de manifestantes entraram em confronto com policiais em frente ao Consulado dos EUA em Peshawar. Vários ficaram feridos nos dois lados do conflito, com manifestante atirando tijolos e pedaços de roupa incendiados na polícia, que respondeu com bombas de gás, balas de borracha e golpes com bastões.
Em Srinagar, na Caxemira, manifestantes marcharam queimando bandeiras americanas e imagens do presidente dos EUA, Barack Obama. Quando o protesto tentou invadir o distrito financeiro local, policiais dispersaram a manifestação com bombas de gás e bastões.
Na Indonésia, cerca de 200 integrantes de diferentes grupos islâmicos queimaram bandeiras americanas e pneus em frente ao Consulado dos EUA em Medan. Em outra cidade, Makassar, pelo menos cem muçulmanos pediram a pena de morte para Nakoula Basseley Nakoula, apontado como responsável pelo vídeo.
A onda de violência provocada pelo filme, que retrata Maomé como adúltero e sanguinário, começou na terça-feira, quando muçulmanos invadiram a Embaixada dos EUA no Cairo, capital do Egito, e o Consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, matando o embaixador Chris Stevens.
Fonte: Último Segundo
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