Giuseppe Carbone, coordenador da Fundação Advent-Stiftung, durante entrega dos equipamentos |
Na última segunda-feira, 14 de abril, 32 desempregados, dentre esses 10 reeducandos (recém liberados do sistema prisional) da Grande Recife, ganharam a oportunidade de mudar de vida. Eles receberam gratuitamente equipamentos para montar o próprio negócio. As doações foram feitas pela fundação suíça sem fins lucrativos Advent-Stiftung e pela Igreja Adventista da região metropolitana do Recife.
Os equipamentos foram doados e as famílias beneficiadas passam agora a ser assistidas pela Ação Solidária Adventista (ASA), que coordena o projeto, através de workshops, acompanhamentos psicológicos e com estudos para o melhoramento do negócio.
Um dos selecionados exibe certificado de participação no programa |
Os recursos para a compra dos equipamentos provêm de doações de adventistas da Suíça, mesmo país onde funciona a Fundação Advent-Stiftung. O coordenador da instituição, Giuseppe Carbone, esteve em Recife para a entrega dos equipamentos e falou da motivação para essas doações. “O que nos estimula é ver que as pessoas estão vivendo melhor. A partir do momento que esses equipamentos trazem melhoria de vida, aumento de renda, independência financeira, isso nos motiva a continuar proporcionando que novas pessoas recebam esses equipamentos”, explica.
Alessandra Silva de Paula recebeu um salão de beleza completo, com cuba para lavar os cabelos, cadeira, espelho e armários. A jovem tem apenas 18 anos, mas há cerca de um ano já trabalhava em domicílio para ajudar a família. “Sempre levei jeito para esses assuntos de beleza. Atualmente ia de casa em casa fazendo escova, tonalizando, dando progressivas, e outros serviços. Agora vou poder ter meu próprio salão, e tenho certeza que esse negócio vai andar de vez! Essa foi uma benção de Deus”, conta.
Beneficiados também receberam materiais para ajudar seu desenvolvimento espiritual |
Rosa Maria Diemórgenes é uma das beneficiadas que apresenta uma história de sucesso no seu negócio. Esposa de detento, ela conheceu o projeto por meio do Patronato Pernambuco, serviço de proteção às famílias dos detentos do Estado, que mantém parcerias com a campanha, e resolveu se inscrever. Ao ser visitada em sua casa por representantes do projeto, foi enquadrada nos perfis exigidos e recebeu um carrinho para vender cachorro-quente.
“Eu já tive um barzinho, no passado, e meu tempero já era conhecido aqui na vizinhança. Desde que meu marido foi preso, por causa das drogas, e vendeu tudo que tinha em casa, tive que encontrar outro modo de viver”, desabafa Rosa. “Foi quando comecei a fazer faxina nas casas de família. Hoje, com a carrocinha de cachorro quente, minha vida mudou. Só faço faxina três vezes por semana, porque de domingo a sexta vendo cachorro quente na Praia do Ó. Eu tiro uns 800 reais por mês com esse extra.”
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