Hoje é aniversário de 90 anos da morte do escritor Franz Kafka (Praga, 3 de julho de 1883 — Klosterneuburg, 3 de junho de 1924), autor de uma pequena e notável obra, influente na história da literatura e um dos maiores escritores de ficção do século XX.
Franz Kafka |
Abaixo, segue o início do mais famoso livro do escritor Franz Kafka, intitulado “A Metamorfose”, romance escrito em 1912 numa noite em claro conforme descreve o autor, e publicado em 1915:
Gregor Samsa vivia a seguinte rotina: como caixeiro- viajante, vagava entre as cidades vizinhas a trabalho, enfrentando o péssimo sistema de transportes e se alimentando mal. Além disso, seu chefe não estava satisfeito com o seu desempenho. Em casa, sua família era dependente dele. Ninguém trabalhava, embora seu pai, mãe e irmã fossem plenamente capazes. Nada distante do que nós, em maior ou menor grau, enfrentamos hoje.
Até que um dia, “numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto [...] Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se em desespero diante de seus olhos”.
Tomando por base a estória de Gregor Samsa, imagine então que, após sonhos inquietantes numa noite de sexta, você acorde no sábado com várias indagações. “Por que preciso acordar cedo, me arrumar e ir à igreja hoje”? “Qual a importância de ir e ouvir sobre coisas que muito provavelmente eu já sei”? E então, tal qual Samsa, essa noite teria sido de metamorfose. Mas em vez de se tornar um grande inseto, você teria se tornado apenas um laodiceano.
A última geração de cristãos desse mundo, descrita em Apocalipse como Laodicéia (que significa “o povo do juízo”), tem características bastante claras. Nem quente, nem fria; mas morna. Em termos gerais, ela não tem em seu coração a chama viva do evangelho. Mas apresenta uma fictícia santidade e devoção, que se reflete numa adoração vazia e sem frutos, dentro dos muros da igreja.
É hora de deixar a mornidão de lado. Ajudar as pessoas ao seu redor, ser testemunho vivo para os nossos amigos e familiares do poder transformador da comunhão com Cristo. Como povo somos Laodicéia, mas é uma escolha pessoal continuar a ser laodiceano.
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