quinta-feira, 17 de julho de 2014

Morte de Billie Holiday completa 55 anos


Nova York, manhã de 17 de julho de 1959. Com o organismo debilitado pelo uso contínuo e descontrolado de drogas e álcool, morre no Metropolitan Hospital, no Harlem, a cantora Billie Holiday, a mais pungente e emocionante intérprete da história do jazz.

Billie Holiday viveu 44 anos, mas teve uma história tão cheia de tristezas, surpresas e aventuras que parece ter vivido um século. A maior cantora de jazz de todos os tempos não conhecia uma nota musical. Não precisava, cantava com a alma. 55 anos após a sua morte, não se passa uma semana sem que se ouça Billie no rádio ou especial de TV. 

Quando a menina Eleonora nasceu na Filadélfia, em 7 de Abril de 1915, o pai tinha 15 e a mãe 13 anos. Aos 10 anos já vivia em um reformatório, depois de ser violentada por um vizinho. Aos 13 anos era prostituta e aos 15, desesperada e faminta, entrou em um bar no Harlem e se ofereceu para dançar. Como era muito desajeitada, o pianista sensibilizado pediu que ela cantasse. Nascia ali a divina Billie Holiday. Aos 18 anos se apresentava com orquestras famosas, como as de Benny Goodman e Duke Ellington. Mesmo com todo sucesso, sofria de depressão e se entregou às drogas e ao álcool. 

Ouça a canção Strange Fruit, gravada pela cantora Billie Holiday em 1939, que condenava o racismo americano, especialmente os linchamentos de afro-americanos ocorridos principalmente nos estados preconceituosos do Sul dos Estados Unidos.



Nota: No caso de Billie Holiday, podemos ver um ser humano em dor emocional lacerante e constante, que necessitava de álcool e drogas para anestesiar sua sensação de vazio e sofrimento. Entretanto, acredito que mais digna de lamentação é a constatação de uma existência que já não sabia o que era viver. “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância” (João 10:10). Esse é o plano dAquele que nos doou a vida.

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