terça-feira, 5 de agosto de 2014

52 anos da morte de Marilyn Monroe - Limites, quem precisa deles?


Há 52 anos, na manhã de 5 de agosto de 1962, aos 36 anos, falecia Marilyn Monroe, em sua casa enquanto dormia, em Brentwood, na Califórnia (EUA). A notícia foi dada e logo gerou um choque na mídia, que explorou sobremaneira o caráter misterioso em que se deu a morte de um dos mais famosos e imitados ícones da época e da história do século XX.

Com o nome de batismo Norma Jeane Mortensen, Marilyn tornou-se famosa por seus diversos casamentos, casos amorosos com personalidades (entres elas o presidente dos Estados Unidos John Kennedy) e suas interpretações, nem tão marcantes dramaticamente, mas cheias de astúcia e sensualidade, brilho e beleza.

Limites, quem precisa deles?

Linda. Provocante. Dona de um corpo quase perfeito. Ninguém teve maior intimidade com as câmeras do que ela. As objetivas pareciam sugá-la, transformando-a num ícone feminino que exalava sensualidade. Expunha-se sem constrangimento e adorava ser vista nua. A maior estrela produzida por Hollywood, Marilyn Monroe, era dona não só de um belo corpo, mas também de uma triste história. Por trás da bela atriz, havia uma mulher solitária e esquizofrênica. 

Marilyn tinha obsessão por espelhos. Era vista muitas vezes parada, horas a fio, diante da própria imagem, idolatrando-se. Uma atriz em pânico, que vomitava antes de cada tomada de cena e tinha convulsões quando precisava interpretar uma fala. Com uma vida desregrada e frustrada em seus casamentos, Marilyn não tinha limites para suas aventuras sexuais. Vivia à custa de barbitúricos, anfetaminas, tomava injeções de Nembutal três ou quatro vezes por dia e tinha pilhas de remédios antidepressivos e estimulantes. Usou drogas de todos os tipos e quilates até sua morte, precoce, aos 36 anos – por overdose. Ninguém no cinema foi mais insegura, solitária, desesperada e infeliz que Marilyn Monroe: uma prisioneira de si mesma.

“Ser livre é fazer o que eu quero, não ter limites.” Esse é o conceito de liberdade mais comum hoje. O exemplo de Marilyn mostra que “fazer o que eu quero” nem sempre implica ser livre. Uma vida sem princípios morais pode, no fim das contas, ser um grande prejuízo – uma existência vazia.

Estudos mostram que os limites fazem parte da formação do ser humano. A ausência deles pode levar à histeria, ataques de raiva, distúrbios de conduta, incapacidade de concentração, dificuldade para concluir tarefas, baixa produtividade, problemas psiquiátricos, etc.

Por outro lado, quem aprende a viver com os limites tem mais chances de afirmar a autoestima e a autonomia, ser equilibrado e bem-sucedido. Por isso, a Bíblia é, ao mesmo tempo, o livro dos limites (Êx 20:3-17) e da liberdade (Jo 8:32; Lc 4:18; 2Co 3:17; Gl 5:1; Tg 2:12). Os “nãos” de Deus são sempre para o nosso bem.


Fontes: Marilyn Últimas Sessões, de Michael Schneider (Alfaguara, 2006); “Minha pele, meu vestido”, resenha de Ignacio de Loyola Brandão; “A importância do senso de limites para o desenvolvimento da criança”, de Daisy A. Almasan e Alex L. T. Álvaro (Revista Científica Eletrônica de Psicologia, nov. 2006)

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