Dança dos Famosos é a versão brasileira do reality show britânico, Strictly Come Dancing, que é exibido anualmente pelo Domingão do Faustão. Várias celebridades competem por meio da dança de salão. A 11ª edição do Dança dos Famosos 2014 estreou neste domingo (3) com competição entre os homens que tem entre os participantes os atores Bruno Gissoni, Luiz Carlos Miele, Anderson Di Rizzi e Marcello Melo, o cantor Lucas Lucco e o ex-jogador de vôlei Giba. No grupo das mulheres estão as atrizes Juliana Paiva, Giovanna Ewbank, Lucélia Santos, Paloma Bernardi, Vanessa Gerbelli e a cantora Anitta.
Os adventistas e outros cristãos conservadores têm, em geral, se oposto à dança social, tão popularizada em nossos dias. Pergunta: A dança é apropriada para os cristãos hoje?
Você já foi a algum lugar, talvez em um shopping, um restaurante ou até mesmo em uma esquina quando, de repente, começou a ouvir música? Não estou falando de qualquer música, mas de um ritmo quente, uma batida de matar. Pode ser que você nunca tenha ouvido aquela música e nem conhece a letra, mas antes de se dar conta, seus pés estão acompanhando a batida e seu corpo começa a balançar no ritmo. Você está – dançando!
Bem, todos nós sabemos que os cristãos adventistas do sétimo dia não dançam. Eles não se balançam no ritmo da música e, com toda certeza, não giram, nem fazem piruetas de qualquer tipo ou forma. Mas sabe por quê? Se acha que é porque todo tipo de dança é errado, você não acertou, tente outra vez.
Veja só, as pessoas dançavam nos tempos bíblicos! Elas dançavam e nem sempre era errado. Qual é o critério para definir o certo e o errado neste caso? Para responder a essa pergunta, vamos começar com Davi.
Tensa de entusiasmo, a multidão se acotovelava para ver o cortejo que passaria em seguida. Eles podiam ouvir as trombetas e os tamborins e as canções de louvor a Deus ecoavam pelos campos. A Arca do concerto, finalmente, estava voltando a Jerusalém depois de tantos anos que havia sido levada de seu lugar de honra. Tudo seria diferente agora. À medida que o cortejo se aproximava, uma figura sobressaía à vista dos observadores. Davi, o rei de Israel, não vestia os trajes reais. Ao invés disso, ele dançava diante da arca do concerto vestido com uma estola sacerdotal de linho branco. Davi tinha conseguido o que queria. Naqueles dias, quando um exército capturava tropas inimigas, era costume forçar um ou mais cativos a dançar alegremente diante do rei vitorioso. Isso simbolizava submissão e humilhação na presença do rei. Quando Davi dançou diante da arca, ele queria que todo Israel reconhecesse que ele era cativo de Deus e estava demonstrando submissão e humildade ao Rei do Universo.
Você acha que o povo ficou chocado por que ele dançou? De jeito nenhum. Você acha que a multidão entendeu a mensagem que Davi queria passar? É claro que sim. E que mensagem foi aquela!
A Bíblia tem apenas 27 versos que mencionam diretamente a dança. A partir deles, temos elementos para compreender que tipo de atitude deve estar por trás da dança. Em Salmo 150:3-5, lemos:
“Cantem glória ao Senhor com trombetas, com harpas e liras! Cantem glória ao Senhor com tamborins e danças, com instrumentos de corda e flautas! Cantem glória ao Senhor com címbalos de som bem forte e puro!”
Esses versos, obviamente, falam da dança como um meio de louvar a Deus. É importante compreender o significado hebraico da palavra “dança” nesse texto. A dança mencionada aqui é a dança de roda ou círculo. Não é uma dança individual ou em pares como muitas danças seculares hoje. Nada sugere isso no contexto. Esse tipo de dança consiste de movimentos como bater os pés, saltar, girar e dar pequenos pulos com os pés juntos.
Outros versos falam a respeito da dança como um meio de expressar alegria entre a comunidade. Isso acontecia quando uma vitória era conquistada sobre o inimigo. (Exemplos desse tipo se encontram em Êxodo 15:20; Juízes 11:34; I Samuel 21:11; Jeremias 31:4 e Lucas 15:25).
Se estiver pensando: “Ah, viu só? Não tem nada de errado com a dança”, não se esqueça de que há outros pontos a considerar além de sua aceitabilidade como forma de louvor. Se você começar a pular e a dançar no corredor central de sua igreja no próximo sábado, imitando Davi, não espere ser recebido calorosamente como ele foi. Como qualquer outra atividade, é importante relembrar o conselho de Paulo aos coríntios: “Bem, vou dizer-lhes a razão. É que vocês devem fazer tudo para a glória de Deus, até mesmo ao comer e ao beber. Portanto, não sejam pedra de tropeço para ninguém, quer sejam eles judeus, gentios ou cristãos”(I Coríntios 10:31-32, BV).
É certo que Satanás trabalha muito para perverter qualquer coisa boa que Deus nos deu. Ele fez a mesma coisa com a dança, torcendo-a de tal modo que nada de bom ficasse na dança secular; e, embora ela esteja tão cheia de intenções pecaminosas, alguns cristãos relutam em evitá-la completamente.
Quando os israelitas se juntaram ao pé do Monte Sinai, Deus ordenou que eles não tivessem outros deuses diante dEle. Hoje, reconhecemos tal ordem como um dos Dez Mandamentos. Alguns capítulos adiante, em Êxodo 32, esses mesmos israelitas estão cultuando um bezerro de ouro através de danças.
Em algumas partes do mundo, danças folclóricas são usadas para cultuar os deuses da fertilidade, o espírito dos mortos e para apaziguar Buda e outros deuses
Em Mateus 14, a história de Salomé, a filha de Herodias que dançou diante de Herodes, acrescenta outra dimensão à degradação da dança. O episódio implica que a performance de Salomé foi muito sensual. Ao se tornar excitado sensualmente, Herodes de modo insensato prometeu que daria a Salomé qualquer coisa que pedisse. E, por ter deixado que as emoções o controlassem, João Batista perdeu a cabeça – literalmente.
Antes de os israelitas cruzarem o Jordão, muitos deles foram seduzidos por mulheres moabitas (veja Números 25). Como parte de seu envolvimento, os homens participaram de atos de perversão que incluíam a dança. A dança promovia excitação sexual de modo inadequado. A Bíblia diz: “a ira do Senhor se acendeu contra Israel” (Núm. 25:3). Deus deu instruções a Moisés para que matasse os que haviam participado desses eventos. Depois de tudo acabado, vinte e quatro mil israelitas foram mortos. Foram mortos por que dançaram? Não. Morreram porque aquele tipo de comportamento inapropriado levou a ações indecentes e inaceitáveis diante de Deus.
Como podemos observar, a partir dessas histórias podemos saber que há vários tipos de dança, como por exemplo:
1 - Aquelas que cultuam qualquer outro deus que não o Deus do universo.
2 – Danças que estimulam sexualmente os participantes.
A dança secular, além de ser bem insinuante, geralmente acontece em ambientes menos do que desejáveis. Os salões de dança geralmente são lugares apinhados, poluídos pelo fumo, onde álcool e drogas são usados. Mesmo os não-fumantes acabam se expondo a concentrações perigosas de nicotina, tornando-se fumantes de segunda mão. O som é tão forte que você pode sentir as vibrações dentro do seu corpo. Com frequência, os dançarinos acabam contraindo tinidos, um som agudo e constante no ouvido causado pela exposição ao excesso de decibéis. Esse trinado pode durar vários dias, depois de passar a noite dançando.
Considerado tudo isso, você pode dizer honestamente que sua participação na dança secular demonstraria aos outros um caráter cristão? Ou será que seu testemunho ficaria comprometido? Em cada decisão que tomamos, escolhemos ficar a favor ou contra Deus. Por isso, é bom ter certeza absoluta do que está escolhendo. Isso fará diferença no mundo – neste e no vindouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário