quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cinquenta Tons de Cinza: sadomasoquismo e decadência de valores


O filme "Cinquenta Tons de Cinza" tem pré-estreia internacional hoje no Festival de Berlim, e estreia amanhã no Brasil. Enquanto países como a Malásia resolveram banir o filme por conter pornografia, no Brasil, o longa foi classificado pelo Ministério da Justiça como não recomendado para menores de 16 anos.

Adaptação do primeiro livro da trilogia escrita pela britânica E. L. James, a trama tem foco na relação entre o milionário sadomasoquista Christian Grey (Jamie Dornan) e a repórter Anastasia Steele (Dakota Johnson). Quando Anastasia vai ao escritório de Christian fazer uma reportagem sobre o seu sucesso, ele cria um interesse imediato por ela e os dois começam a se envolver até ele revelar seus gostos peculiares e convencê-la a prová-los.

O trailer está disponível aqui para quem quiser analisar.

Como bem observou o filósofo inglês John Salisbury, no século XIII, "a licenciosidade crescente e avassaladora sempre caracterizou os períodos de decadência das grandes civilizações." De fato, sempre foi assim. A queda moral invariavelmente antecedeu a destruição completa de povos inteiros. Pode-se dizer que ela prenunciava a extinção iminente de reinos e impérios. Era o sinal de que aquelas civilizações haviam chegado ao fim… Alguém supõe que agora, em nossa época, o processo seja diferente?

Enquanto os animais fazem uso do sexo de uma forma natural, o ser humano tornou-se escravo de seu instinto sexual artificialmente aumentado, principalmente pelos instrumentos da mídia, cuja ênfase é a subversão de valores tradicionais da sociedade.

Originalmente a palavra "perversão" significava todo comportamento humano contrário às normas sociais existentes. Assim, a corrupção, o mau caráter e a marginalização também seriam perversões. Contudo, como a humanidade se especializou em inventar os mais escabrosos artifícios em torno da liberação seu instinto sexual, perversão passou a ser atualmente sinônimo de desvio sexual. E um deles, abordado no filme em questão, é o sadomasoquismo, sobre o qual veremos algumas explicações pertinentes:
Sadomasoquismo: Tecnicamente chamada de algolagnia, refere-se à pessoa que só sente satisfação sexual através de uma dor experimentada por ela mesma ou infligida a outrem. Um indivíduo pode ser sádico, masoquista, ou ambos. Podemos nos poupar aqui de detalhes dos rituais sadomasoquistas; mencionaremos apenas que para suportar os atos de violência física e moral muitos masoquistas fazem uso de drogas, e não é raro a ocorrência de morte em conseqüência das agressões sofridas.
Os estudos psiquiátricos sobre o comportamento dos pervertidos sexuais são unânimes em afirmar que os pacientes, sem exceção, insistem que não vêem nenhum motivo para escândalo em relação à sua maneira de ser. Na visão deles, suas preferências eróticas são superiores à sexualidade trivial das pessoas comuns…

Cena do filme "Cinquenta Tons de Cinza"
O modelo social propagado hoje, baseado no hedonismo (prioridade do prazer pessoal), favorece a busca das novidades em torno de novas sensações. Aumenta dia a dia o número de pessoas que perdem completamente o controle sobre os seus impulsos sexuais. Já há mesmo clínicas especializadas em tratar os chamados "viciados em sexo", e grupos de "sexahólicos anônimos", nos mesmos moldes dos alcoólicos anônimos.

Devemos estar atentos como defensores de princípios bíblicos-cristãos, que o maior problema, que não é recente, é a tentativa mais uma vez de colocar o homem como centro - onipotente. E a retirada de Deus do controle e autoridade sobre nossas atitudes e ações. Infelizmente nossas maiores vitimas são os mais jovens, vitimas de verdadeira enxurrada de apelos aos impulsos, desejos e sensações. 

Cinquenta Tons de Cinza é mais uma obra a dar sua contribuição para a decadência dos valores que ainda lutam para se manter em pé, como o casamento, a virgindade, a pureza conjugal, a sexualidade sadia e equilibrada e o respeito pelo sexo oposto.

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