segunda-feira, 22 de junho de 2015

Papa faz visita histórica à Igreja Valdense: perdão pelo passado


O Papa Francisco visitou ontem oficialmente a Igreja Valdense no norte de Itália, local de origem da sua família. (Leia aqui reportagem da Agência Ecclesia)

Nessa ocasião, o Papa aproveitou para pedir perdão aos valdenses pelo que a igreja que lidera fez no passado. As palavras do líder romano foram: “Da parte da Igreja Católica, peço-vos perdão pelas atitudes e comportamentos não cristãos, por vezes não humanos, que tivemos contra vós, na história. Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoai-nos.”

Ora, se o Papa reconhece o erro e pede perdão pela terrível perseguição e morticínio aos quais Roma sujeitou o povo valdense, logicamente que será de esperar que a Igreja Romana jamais se aventure novamente em atitudes e comportamentos deste tipo, certo? Não, errado!

Por muito que possamos, e provavelmente até devamos, elogiar a postura do Papa em reconhecer falhas, não podemos ao mesmo tempo esquecer que Roma se sabe mover muito bem, em todos os terrenos e circunstâncias, no sentido de agir para favorecer unicamente os seus intentos de domínio universal.

Recordemos: “A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificações o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspeto cristão; não mudou, porém. … Seu espírito não é menos cruel e despótico hoje do que quando arruinou a liberdade humana e matou os santos do Altíssimo. O papado é exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: a apostasia dos últimos tempos (2Ts 2:3 e 4). Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o invariável veneno da serpente” (O Grande Conflito, p. 571).

Um outro detalhe importante: esta notícia mostra – mais uma vez! – que quando a Bíblia afirma em Apocalipse 13:3 que “toda a terra se maravilhou” (ou maravilhará) diante de Roma, isso quer mesmo dizer TODA A TERRA, incluindo aqueles que anteriormente foram massacrados pela força romana. A cura da ferida (Ap 13:3) passa muito por esforços diplomáticos; isso quer dizer que muitos cederão a Roma não tanto pela força, mas de livre e voluntária vontade.

Saibamos estar atentos para os movimentos de Roma à nossa volta. Como fazê-lo? Desta forma: "Um estudo da Escritura Sagrada, feito com oração, mostraria aos protestantes o verdadeiro caráter do papado, e os faria aborrecê-lo e evitá-lo” (O Grande Conflito, p. 572).

Fonte: O Tempo Final

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