quarta-feira, 22 de julho de 2015

Estamos comendo carne demais - Quanto uma pessoa come durante a vida?


Na coroação da rainha Isabel II, em 1953, foi servido frango, uma ave que pode parecer muito pouco nobre para um momento de pompa como este. Daquela cerimônia nasceu uma das receitas britânicas mais famosas, a Coronation Chicken. A partir de então, o consumo de carne no Ocidente acelerou-se de forma tão espetacular que aquilo que era extraordinário agora é comum. Só entre 1990 e 2012, segundo dados da FAO, o número de frangos no mundo cresceu 104,2%, passando de 11.788 para 24,7 bilhões, e o gado bovino, muito poluidor para o meio ambiente, passou de 1,4 bilhão para quase 1,7 bilhão de cabeças (um aumento de 16,5%). O problema está em saber se o planeta tem condições para suportar este aumento: um estudo de 2013, também da organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura, garante que a produção da carne é responsável por 14,5% das emissões de carbono e que, ao mesmo tempo, nos países desenvolvidos o consumo de carne cresce em torno de 5% ou 6% ao ano. “O gado tem um papel muito importante na mudança climática”, concluía a FAO.

“A nossa alimentação está baseada em produtos de origem animal e sabemos que sua repercussão ambiental é muito grande”, explica Emilio Martínez de Victoria Muñoz, ex-presidente do Comitê Científico da Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição. “Um quilo de carne é muito menos sustentável que um quilo de verduras”. O antropólogo Jesús Contreras, do Observatório da Alimentação, assinala: “Se todos os habitantes da China consumissem a mesma quantia de carne que nós, seria insustentável. Temos um problema de sustentabilidade, porque mantemos uma alimentação energeticamente muito cara”.

A carne sofreu várias crises. Por um lado, existem os conselhos médicos relacionados ao excessivo consumo de determinadas variedades (suínos, carne vermelha). Por outro lado, como ocorreu com as vacas loucas, há as polêmicas provocadas pelos produtos com os quais se alimenta o gado. Mas o grande problema envolvido em seu consumo tem agora muito mais a ver com o meio ambiente do que com a saúde. A chamada pegada de carbono, que mede os recursos necessários para produzir algo, é gigantesca no caso da carne, tanto que ninguém acredita que se possa manter o ritmo atual. Novamente segundo a FAO, no conjunto dos países desenvolvidos consumiam-se em média 60 quilos de carne em 1964; agora são 95,7 e calcula-se que serão 100,1 em 2030. [...] (IHU)

Site vegetariano calcula quanto de carne pessoa come durante a vida

Quantos bifes, filés de frango e peixes uma pessoa pode comer durante toda sua vida? Segundo os cálculos de uma associação vegetariana, provavelmente mais do que você imagina a princípio.

Uma organização norte-americana criou uma calculadora que checa quantos animais uma pessoa não-vegetariana come durante um período de tempo. O mecanismo funciona da seguinte forma: a pessoa indica há quantos meses ou anos segue uma dieta vegetariana, e a calculadora checa quantos quilos de carne a pessoa teria deixado de comer durante esse período. Quem come de tudo, por sua vez, pode participar calculando quantos animais iria deixar de consumir se assumisse a dieta vegetariana por um determinado período de tempo. O resultado? O consumo de carne em um ano, de acordo com os cálculos do site, é de cerca de 88 quilos de carne - ou o equivalente a 202 animais.

O burburinho nas redes sociais sobre o site só aumentou depois que o jornal "Daily Mail" calculou que um britânico, em média, come pelo menos sete mil animais durante a vida, entre bois, peixes, frango e ovelhas. A calculadora não especifica que tipos de carne foram levados em consideração para montar o número, que é baseado no consumo anual nos Estados Unidos. (UOL)

Nota: “Deus está procurando levar-nos de volta, passo a passo, a Seu desígnio original - que o homem subsista com os produtos naturais da terra. Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, deve a alimentação cárnea ser finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime alimentar. Devemos ter isto sempre em mente, e procurar agir firmemente nesse sentido.” Ellen G. White, Conselhos sobre Saúde, p. 450.

Nenhum comentário:

Postar um comentário