O assassinato de cinco jovens na noite de sábado, no Rio, metralhados por policiais, que atingiram 50 tiros no carro, é daqueles episódios que deveriam servir de divisores de água numa cidade.
Como é possível que cinco adolescentes saiam para lanchar e sejam executados covardemente por quem deveria protegê-los? A chacina deveria ocupar amplo espaço no noticiário, motivar demissões de autoridades, gerar penas máximas, render indenizações milionárias, provocar uma onda de indignação traduzida em manifestações e passeatas, inspirar revisões completas de procedimentos policiais, criar uma comoção tal que impedisse que cenas semelhantes de barbárie ocorressem.
É tal a banalização da violência que nos deixamos contaminar pela insensibilidade. Não estamos falando de atrocidades cometidas contra inocentes na Síria ou no Afeganistão, e sim ao nosso lado, sem que reajamos.
Pelo visto, assim como o escárnio venceu o cinismo, a indiferença venceu a compaixão.
Mauro Ventura via facebook
"Foi-me mostrado que o Espírito do Senhor está-Se retirando da Terra. O poder mantenedor de Deus logo será recusado a todos os que continuam desrespeitando os Seus mandamentos. Os relatos de homicídios e crimes de toda a espécie chegam até nós diariamente. A iniquidade está-se tornando uma coisa tão comum que não ofende mais as suscetibilidades como em tempos passados." Ellen G. White - Carta 258, 1907.
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