“Neste sábado não vou ao culto.”
“É tudo sempre igual. As pessoas fazem sempre as mesmas coisas, cantam sempre as mesmas músicas, repetem os mesmos ritos e oram pelos mesmos problemas. Quando é que vai acontecer alguma coisa realmente empolgante? Quando é que vamos sentir aquela presença tão real do Espírito Santo que fará os pelos do meu corpo arrepiarem de tanta unção?”
“Não desrespeitem o sagrado. Gracejos e tolices não agradam a Deus. Não reduzam os santos mistérios a frases de efeito. Na tentativa de sobressair e de agradar, você pode usar esses subterfúgios, mas estará abrindo a porta para o sacrilégio.” (Mateus 7:6 – versão A mensagem)
“Neste sábado não vou ao culto.”
“Tenho acompanhado pela TV e pela internet verdadeiros homens de Deus que fazem o negócio acontecer de verdade, que são reconhecidos pelo povo e visivelmente estão do lado certo da coisa toda, porque quando eles oram o “negócio acontece”. Além do mais, eles são estudados, falam com propriedade, o pastor da minha igreja não ensina sobre como devo me erguer e declarar a vitória diante das minhas dificuldades. Acho que ele nem busca o poder de Deus. Nem sobe o monte pra orar pedindo ousadia e intrepidez.”
“A Mensagem que aponta para Cristo na cruz parece tolice para os que caminham para a destruição, mas para quem está no caminho da salvação faz todo sentido. Está escrito: Destruirei a sabedoria dominante. Mostrarei que quem se acha sábio é louco. (…) Enquanto os judeus buscam milagres e os gregos correm atrás de sabedoria filosófica, nós prosseguimos anunciando Cristo, o Crucificado. Os judeus o consideram uma pedra de tropeço, e os gregos, um absurdo. Mas para nós, judeus e gregos, pessoalmente chamados por Deus, Cristo é o milagre e a sabedoria absolutos reunidos numa única pessoa. A sabedoria humana é quase nada, comparada com o aparente absurdo de Deus. Toda a força humana, nem sonhando, pode competir com a 'fraqueza' de Deus." (I Coríntios 1:18; 22-25 versão A mensagem)
“Neste sábado não vou ao culto.”
“Tenho sido mais abençoado em outros lugares, prefiro me reunir com os amigos que eu realmente gosto e que gostam de mim, do que ter que ficar junto daqueles que eu não consigo nem olhar na cara e que sei que também não “vão” muito com a minha. Afinal, Deus não gosta de falsidade, estou obedecendo a Deus e sendo coerente com a minha antipatia. Como vou ser abençoado se o rancor do outro não me deixa em paz?”
“Não bombardeiem de críticas as pessoas quando elas cometem um erro, a menos que queiram receber o mesmo tratamento. O espírito crítico é como um bumerangue. É fácil ver uma mancha no rosto do próximo e esquecer-se do feio riso de escárnio no próprio rosto. Vocês têm o cinismo de dizer: “Deixe-me limpar o seu rosto‟, quando o rosto de vocês está distorcido pelo desprezo? Isso também é teatro, é fazer o jogo do sou mais santo que você‟, em vez de simplesmente viver a vida. Tire o cinismo do rosto e, então, você poderá oferecer uma toalha ao seu próximo, para que ele também limpe o rosto.” (Mateus 7:1-5 – versão A mensagem)
“Não adianta, neste sábado não vou ao culto.”
“Estou cansado demais para isso. Trabalhei a semana toda, fiz mil atividades dentro e fora de casa, me estressei demais no trabalho, preciso ir a algum lugar pra aliviar a mente e a alma. Aliás, preciso descobrir um jeito de eliminar minhas tensões, alguma coisa que não precise envolver mais ninguém, porque afinal de contas, ninguém tem nada a ver com a minha vida.”
“Reunindo uma multidão e seus discípulos, Jesus disse: “Quem quiser seguir-me tem de aceitar minha liderança. Quem está na garupa não pega na rédea. Eu estou no comando. Não fujam do sofrimento. Abracem-no. Sigam-me, e mostrarei a vocês como agir. Autoajuda não é ajuda. O autossacrifício é o caminho — o meu caminho — para ser realmente salvo. Qual é a vantagem de conquistar tudo que se deseja e perder a si mesmo? O que vocês teriam para dar em troca da própria alma?” (Marcos 8:34-37 – versão A mensagem)
Caros e amados!
Enquanto a cruz não passar de ser somente um símbolo histórico do passado, Jesus será resumido apenas em um bom exemplo de grande homem a ser lembrado. Porém quando ela (cruz) se tornar uma realidade no dia-a-dia daqueles que se dizem cristãos, a Vida do Cristo que está vivo, se manifestará em nós e moldará nosso caráter, aperfeiçoando nossas atitudes e entendimento, inclusive com a permissão das aflições e adversidades, frutos de nossa própria e responsável jornada, pra que reconheçamos onde mora a nossa esperança e repousa a nossa fé.
O culto é apenas a manifestação do Corpo de Cristo, aqueles que nasceram de novo (João 3), na direção do Rei que governa sobre os seus corações, decisões e atitudes. Culto é, na essência, para Deus, não para nós. Claro que somos abençoados, mas o nosso coração deve sempre dizer: “O que tenho pra te oferecer Senhor, sou eu mesmo, com minhas falhas e limitações, minhas “ranhetices”, minhas indignações, mas junto com a Igreja, quero glorificar o Nome sobre todo nome de Jesus e deixar que no seu seio eu seja transformado.”
Culto é para Deus, mas a nossa “teomania” insiste em dizer que ele é para nós, afinal, nos achamos “deus” de nós mesmos e não adianta dizermos que não, nossas atitudes demonstram isto.
Que o culto deixe de ser um local de auto-satisfação para se transformar em um lugar de celebração da Vida de Cristo recebida gratuitamente em nós, onde a liberdade se manifesta na multiforme sabedoria de Deus através dos Seus, a Sua Igreja. (Efésios 3:8-11)
Não sejamos egoístas, vamos ao culto para oferecer e não apenas para “receber.”
Que tudo o que temos e somos seja para Ele e que Ele seja sempre o nosso tudo.
Em nome de Jesus.
Amém!
Adaptação de texto de Rodrigo Baía (via Minha Vida Cristã)
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