sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Obama cita Jesus ao justificar medidas mais severas para vendas de armas


Ao longo dos últimos sete anos, o presidente Barack Obama tem tentado restringir a venda de armas de fogo nos Estados Unidos, de forma a garantir que pessoas com histórico criminal ou de problemas psicológicos, tenham o acesso restrito.

Na última terça-feira, 05 de janeiro, Obama parafraseou Jesus em seu discurso de anúncio de medidas complementares à atual legislação, quando lembrou o caso de uma vítima de um tiroteio deliberado no estado do Tennessee em dezembro.

Referindo-se a Zaevion Dobson, de apenas 15 anos, que tomou a frente de um grupo de meninas para evitar que elas fossem alvejadas, Obama disse: “Ele deu sua vida para salvar a delas, um ato de heroísmo muito maior do que qualquer coisa que poderíamos esperar de um adolescente de 15 anos. ‘Ninguém tem maior amor do que este, de dar a alguém a sua vida pelos seus amigos’”, afirmou o presidente, referindo-se à fala de Jesus narrada no Evangelho de João, capítulo 15, versículo 13.

O caso que levou Obama a chorar em frente às câmeras foi o da escola primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, quando em 14 de dezembro de 2012, 20 crianças e seis adultos perderam a vida num atentado perpetrado por Adam Lanza, 20 anos, de acordo com o Christian Post.

“Toda vez que eu penso naquelas crianças, eu fico revoltado. Isso mudou algo em mim, naquele dia. Minha esperança tem sido, seriamente, a de mudar o país”, disse o presidente, em lágrimas.

A iniciativa de Obama em aumentar as verificações dos antecedentes de quem quer comprar armas de fogo pela internet ou em feiras de armas – que eram feitas com maior flexibilidade -, é, na verdade, uma aplicação mais rigorosa da atual legislação em vigor. (Com informações de Gospel+)

A Posição da Igreja Adventista Sobre o Porte de Armas
As armas automáticas ou semi-automáticas de estilo militar estão se tornando cada vez mais disponíveis aos civis. Em algumas regiões do mundo é relativamente fácil a aquisição de tais armas. Elas aparecem não apenas nas ruas, mas também nas mãos de jovens nas escolas. Muitos crimes são cometidos por meio do uso dessas armas. São feitas para matar e não têm nenhuma utilidade recreativa legítima.

Os ensinos e o exemplo de Cristo constituem a norma e o guia para o cristão de hoje. Cristo veio ao mundo para salvar vidas, não para destruí-las (Lucas 9:56). Quando Pedro sacou de sua arma, Jesus lhe disse: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão” (Mateus 26:52). Jesus não Se envolvia em violência.

Alguns argumentam que a interdição das armas de fogo limita os direitos das pessoas e que as armas não cometem crimes, mas sim as pessoas. Embora seja verdade que a violência e as inclinações criminosas conduzem às armas, também é verdade que a disponibilidade das armas leva à violência.

A oportunidade de civis comprarem ou adquirirem de outro modo as armas automáticas ou semi-automáticas apenas aumenta o número de mortes resultantes dos crimes humanos. A posse de armas de fogo por civis nos Estados Unidos aumentou a uma estimativa de 300 por cento nos últimos quatro anos. Durante o mesmo período, houve um assombroso aumento de ataques armados e, consequentemente, mortes.

Na maior parte do mundo, as armas não podem ser adquiridas por nenhum meio legal. A igreja vê com alarme a relativa facilidade com que elas podem ser adquiridas em algumas regiões. Sua acessibilidade só pode abrir a possibilidade de mais tragédias.

A busca da paz e a preservação da vida devem ser os objetivos do cristão. O mal não pode ser combatido eficazmente com o mal, mas deve ser vencido com o bem. Os adventistas, como outras pessoas de boa vontade, desejam cooperar na utilização de todos os meios legítimos para reduzir e eliminar, onde possível, as causas fundamentais do crime.

Além disso, tendo-se em mente a segurança pública e o valor da vida humana, a venda de armas de fogo automáticas ou semi-automáticas deveria ser estritamente controlada. Isso reduziria o uso de armas por pessoas mentalmente perturbadas e por criminosos, principalmente aqueles envolvidos com drogas e atividades de quadrilhas.

Esta declaração foi liberada peio então presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson, após consulta com os 16 vice-presidentes da Igreja Adventista, em 5 de julho de 1990, durante a Assembleia da Associação Geral realizada em Indianápolis, Indiana.

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