terça-feira, 17 de maio de 2016

Atual governo quer legalizar jogos de azar + Declaração da IASD


O atual governo pretende legalizar os jogos de azar para aumentar as receitas federais. Henrique Alves, ministro do Turismo, e Geddel Vieira, secretário de Governo, são dois dos homens próximos a Michel Temer, presidente interino, que defendem a medida.

Henrique Alves disse à Folha de São Paulo que o presidente é “simpático” à possível mudança e falou ainda que a proposta inclui bingos, cassinos e jogo do bicho, atividades clandestinas que não geram nenhum tipo de receita e, para Alves, seria uma forma de incentivar o setor turístico. Geddel Vieira, Maurício Quintella Lessa, ministro dos transportes, e Blairo Maggi, Agricultura, seguem o mesmo pensamento. Apesar da opinião favorável dos políticos ligados a Temer, o Ministério Público Federal diz que a medida seria um incentivo à lavagem de dinheiro e corrupção e é contra. (UOL)


O jogo, definido como um jogo de azar, pago, causa cada vez maior impacto em todo o mundo. O conceito de ganhar dinheiro à custa dos outros tornou-se uma praga moderna. A sociedade está pagando o preço cada vez mais elevado dos crimes resultantes do apoio às vítimas e da desintegração da família que degrada a qualidade de vida. 

Os Adventistas do Sétimo Dia têm-se oposto continuamente ao jogo, na medida em que este é incompatível com os princípios cristãos. Não é uma forma apropriada de entretenimento nem um meio legítimo de obtenção de fundos. O jogo viola os princípios cristãos da mordomia. Deus identifica o trabalho como um método apropriado de obter lucro material; não a prática de um jogo de azar na mira de obter um ganho à custa de outros. 

O jogo tem uma enorme repercussão na sociedade. Reflete-se em custos financeiros resultantes do crime cometido para sustentar o hábito de jogar e também do reforço do policiamento e das despesas legais, assim como de crimes relacionados que envolvem drogas e prostituição. 

O jogo não gera receitas; antes tira daqueles que muitas vezes têm dificuldade em suportar a perda, e dá a um pequeno grupo de ganhadores, sendo quem mais ganha é naturalmente o empresário do jogo. A ideia de que as operações de jogo podem resultar num lucro econômico real é uma ilusão. Além disso, o jogo viola o sentimento cristão de responsabilidade pela família, pelos vizinhos, pelos necessitados e pela Igreja. [1]

O jogo cria falsas expectativas. O sonho de ganhar com o jogo substitui a verdadeira esperança, por um falso sonho de uma estatisticamente improvável oportunidade de ganhar. Os cristãos não devem pôr a sua esperança na riqueza. A esperança cristã num futuro glorioso prometido por Deus é certa e firme, ao contrário do sonho do jogo. O grande ganho para o qual a Bíblia aponta é a piedade com contentamento. [2]

O jogo gera dependência. Esta característica do jogo é claramente incompatível com um estilo de vida cristão. A Igreja procura ajudar, não acusar, os que sofrem por causa do jogo ou de outras dependências. Os cristãos reconhecem que são responsáveis diante de Deus pelos seus recursos e estilo de vida. [3]

A organização da Igreja Adventista do Sétimo não aprova rifas ou loterias como meio de conseguir fundos, e recomenda aos seus membros que não participem em tais atividades, ainda que bem intencionadas. A Igreja tão pouco aprova qualquer jogo patrocinado pelo Estado. A Igreja Adventista do Sétimo Dia pede a todas as autoridades que previnam a cada vez maior e mais fácil acessibilidade ao jogo com os seus prejudiciais efeitos sobre os indivíduos e a sociedade.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia rejeita o jogo como acima se define, e não solicitará nem aceitará quaisquer fundos que manifestamente tenham tido origem no jogo.

1. 1Ts 4:11; Gn 3:19; Mt 19:21; At 9:36; 2Co 9:8, 9

2. I Tm 6:17; Hb 11:1; 1Tm 6:6

3. 1Co 6:19, 20

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