terça-feira, 21 de junho de 2016

Sabe aqueles dias em que o tempo não passa?


Você olha para o relógio pela 5º vez e só se passaram 2 minutos desde a última vez. O tempo não passa e seus dedos já nervosamente batem na mesa, como se fosse uma música, ou apenas tentando acelerar o ritmo dos ponteiros. Olha para o lado procurando alguém para dividir a sua angústia e todos estão trabalhando. Você também deveria estar terminando suas pendências, mas a ansiedade de chegar logo 17 horas para bater o ponto e se libertar é grande demais para deixar sua mente pensar em algo. Encara de novo a parede e encontra apenas os números 16h27. Olha para a tela do computador e se pergunta o que está fazendo ali. Mais dois minutos se passam e você só quer que chegue o fim do expediente na sexta-feira para que você possa finalmente viver. E assim, a vida escorre por entre os seus dedos e você nem nota.

Vivemos, dia após dia, numa constante ansiedade de existir. Contamos os dias para chegar sábado e poder dormir até mais tarde, para chegar o mês que vem junto com o novo pagamento ou o próximo ano para que a faculdade finalmente termine. Focamos tanto nossos olhos naqueles dias aparentemente tão distantes, esquecemos do hoje e assim não aproveitamos nenhum dos dois. Os dias tornam-se fardos, sendo apenas mais 24 horas entre “onde estou” e “onde quero chegar”. Um longo empecilho! Assim, não notamos o vento suave e fresco que levemente tocou nosso rosto pela manhã, o cheiro do pão com manteiga que preencheu nosso estômago, o bom dia simpático e sorridente do vizinho ou o beijo que nosso filho queria nos dar ao sair do carro, enquanto você pensava no trânsito que pegaria até o trabalho. Estamos com pressa demais pensando no amanhã para desfrutar dessas situações, até que quando nos percebemos, a oportunidade já passou. O filho cresceu, o vizinho se mudou, seu rosto se enrugou e alegria de viver sumiu junto com a beleza da simplicidade que as coisas cotidianas nos reservam.

Andamos sempre atrás das grandes coisas que podem nos acontecer. A vida anda tão de ponta cabeça, que nos importamos mais com a formatura, do que com a riqueza da descoberta ou a alegria de aprender algo novo. Queremos saber mais saber da promoção, do que as etapas de nos tornarmos aquele profissional bom que desejamos ser. O foco torna-se mais a festa de casamento e todo seu glamour, do que momentos singelos de companheirismo que construirão um relacionamento que dura. E tantas outras coisas (aqui você pode encaixar algum exemplo que eu não soube dar, mas que você sabe bem no fundo do coração, que tem sido aquilo que mais ocupa seus pensamentos). Pensou? Agora lembre-se bem: você não precisa que isso aconteça para ser satisfeito agora!

A caminhada é tão importante quanto o prêmio atrás da linha de chegada. A vida passa depressa demais para gastá-la toda ansiando pelo que ainda não é, pelo que ainda não chegou, pelo que pode um dia nem ser. A grandeza dos momentos finais está nos pequenos e simples momentos que nos levaram a chegar até ali e nas mudanças que causaram em nós para que conseguíssemos construir esse instante. Que Deus te ensine a contar os seus dias, sabendo que você não tem o controle de nada, nada. Assim você poderá compreender o quão efêmero você é e quão desesperadora é a necessidade de viver e amar plenamente hoje! Você tem planos para o futuro? Ótimo! Peça a Deus que os abençoe e os cumpra de acordo com Sua boa, agradável e perfeita vontade. Mas, não se esqueça jamais de que enquanto eles não chegam, você recebeu um dom nesse dia: uma vida todinha em 24 h para que você seja melhor do foi ontem, para que ame mais do que anteriormente, para se dar totalmente como se fosse sua última chance. Porque, aliás, pode ser que seja.



Sempre que ouço essa música, penso um pouquinho sobre a história que quero escrever: uma vida que aproveitei ao máximo, apenas vivendo…

Deus te abençoe hoje e em todos os seus dias!

Aline Lacerda (via Minha Vida Cristã)

Nenhum comentário:

Postar um comentário