São raros os que não se encantam e não desejam um amor feliz para sempre. Nunca saiu de moda um bom romance, uma boa história que arranque suspiros e uma exclamação do tipo: “Isso sim é amor!” Quase que ingenuamente somos envolvidos pela possibilidade de a vida reproduzir o que os contos, o cinema ou as redes sociais dizem sobre amor romântico. Homens e mulheres ainda desejam um começo feliz e sem final. Mas o que nem todos sabem é que histórias de amor sem fim são difíceis de escrever.
Nesta semana, a separação de William Bonner e Fátima Bernardes, um dos casais mais populares do Brasil, provocou grande consternação. Não necessariamente porque envolve celebridades, mas porque somos nós que perdemos um pouco do ideal do “felizes para sempre”. Ficamos inseguros, desconfiados. Parece que, se assim foi com eles, pode ser com a gente; se o amor deles acabou, ninguém escapará da sina. Se casais outro dia lindos, com filhos, fama, sucesso e próximos a celebrar 30 anos de amor desistiram, então, quem somos nós, os mortais, para que continuemos acreditando que somente a morte teria poder para separar?
Ficamos sensíveis, frustrados e alardeamos que o amor morreu.
E amor morre mesmo! Não o amor de Deus, mas o nosso. Morre como semente que não caiu em terra úmida. Morre como planta que não foi regada. Morre como quem não foi nutrido, assistido, alimentado. Sim, amor se desnutre, definha, se apequena, se esvai…
Sem entrar na discussão dos reais motivos da separação dos jornalistas, é possível crer que não tenha sido de repente que se perderam um do outro. Com certeza, não estavam abraçados, bem agarradinhos, sorrindo, olhos nos olhos, compartilhando o corpo e o coração quando se deram conta de que o amor acabou. Mas foi quando se acostumaram a viver só ou a viver melhor na companhia de outros. Outros sonhos, outros pares, outros ares e possibilidades. Começa assim: Já não são dois, mas um para cada lado.
Se tivesse oportunidade, eu daria a eles a melhor de todas as notícias. Narraria sobre Deus, o Verbo e o Espírito Santo. Diria como um amor desgastado pode ser refeito. Como um casamento em ruínas pode ser reconstruído. O amor que vem do alto rega relacionamentos ressecados. Faz reverdecer a árvore morta. Gera frutos de perdão e rasga cartas de divórcio. “[…] Porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo […]” (Romanos 5:5).
Que bom seria se toda Fátima e todo William acreditassem e honrassem esta verdade! Um relacionamento sustentado em Deus é capaz de superar os dilemas da vida a dois. Com Ele aprendemos a amar de maneira não egoísta, mas generosa; não inconveniente, mas compassiva e bondosa. No lugar do ciúme, predomina o resguardo e o respeito. Esse é o tipo de amor sem dia para acabar. E acredite: ele existe!
Darleide Alves (via Revista Adventista)
Em Deus podemos todas as coisas!
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