"Para mim, a questão central do reavivamento é esta: o verdadeiro reavivamento nos leva a ter maior consciência de nossos defeitos de caráter, enquanto o falso reavivamento nos faz orgulhosos de nossas conquistas e de quem nos tornamos. Em todas as descrições de reavivamentos feitas por Ellen White, as pessoas estavam confessando seus pecados uns aos outros, em vez de criticando uns aos outros." (Jon Paulien, Ph.D., diretor da Faculdade de Teologia da Universidade de Loma Linda)
Ninguém que pretenda ser santo é realmente santo. […] Quanto mais se aproximam de Cristo, mais lamentam suas imperfeições em comparação com Ele, pois sua consciência se torna mais sensível, e percebem melhor o pecado, assim como Deus o percebe. (1)
Vi que a mente de alguns na igreja não tem andado no devido rumo. Tem havido alguns temperamentos peculiares, que desenvolvem ideias próprias pelas quais julgam os irmãos. E se alguém não estava exatamente em harmonia com eles, havia imediatamente perturbação. Alguns têm coado um mosquito e engolido um camelo (Mateus 23:24). Essas ideias têm sido nutridas e com elas alguns têm condescendido por longo tempo. Apegam-se a qualquer palha, por assim dizer. E quando não há dificuldades reais na igreja, fabricam-se provações. A mente da igreja e os servos do Senhor são desviados de Deus, da verdade e do Céu, para se fixarem nas trevas. Satanás se agrada em que essas coisas prossigam; isso é uma festa para ele. Contudo, não é isso que purificará a igreja e que, no fim, aumentará a resistência do povo de Deus.
Vi que alguns estão definhando espiritualmente. Têm vivido por algum tempo a observar se seus irmãos andam retamente, observando cada falta, para então criar confusão. E enquanto fazem isso, a mente deles não está em Deus, nem no Céu ou na verdade; mas simplesmente onde Satanás quer que esteja: nos outros. A própria alma é negligenciada; raramente essas pessoas veem ou sentem as próprias faltas, pois têm muito a fazer em vigiar as faltas dos demais, sem sequer olhar para si mesmos ou examinar o próprio coração. O vestido, o chapéu ou o avental lhes prendem a atenção. Precisam falar a este e àquele, e isso basta para ocupá-los por semanas. Vi que toda a religião de algumas pobres almas consiste em observar a roupa, as ações dos outros, e em criticá-los. A menos que se reformem, não haverá no Céu lugar para elas, pois achariam defeitos no próprio Senhor.
Disse o anjo: 'É uma obra individual o ser íntegro para com Deus'. A obra é entre Deus e nós mesmos. Mas quando as pessoas têm tanto cuidado com as faltas dos outros, não cuidam de si mesmas. Essas pessoas imaginativas, críticas, muitas vezes se curariam desse hábito, se elas se dirigissem diretamente à pessoa que pensam estar errada. Isso seria tão desagradável que abandonariam suas ideias, em vez de se dirigirem a elas. Mas é mais fácil deixar a língua trabalhar livremente acerca deste e daquele, quando o acusado não está presente. (2)
O Senhor não confiou a meus irmãos a obra que me deu para fazer. Alguns têm reclamado que minha maneira de dar reprovação em público leva outros a serem críticos, cortantes e severos. Se esses assumem a responsabilidade que Deus não depôs sobre eles; se desrespeitam as instruções que Ele seguidamente lhes deu através do humilde instrumento de Sua escolha, a fim de torná-los bondosos, pacientes e tolerantes, somente eles responderão pelos resultados. (3)
1. Ellen G. White - Reavivamento Verdadeiro, p. 49
2. Idem - Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 145-146
3. Idem - Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 20
[via Missão Pós-Moderna]
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