Uma redução de 10% no consumo de sal permitiria salvar milhões de vidas, revela um estudo publicado na última quarta-feira (11) pelo The British Medical Journal (BMJ). Os investigadores calculam que campanhas governamentais podem deter a importante mortalidade ligada ao consumo excessivo de sal pela quantia módica de 10 centavos de dólar por pessoa.
O sal aumenta o risco de hipertensão e de doenças cardiovasculares. A maioria dos adultos consome mais sal do que o recomendado, além do limite de 2 gramas por dia, o que permite que 1,65 milhão de pessoas morram de doenças cardíacas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até agora, poucos países avaliaram o custo da estratégica pública para tentar reduzir o consumo de sal.
Um grupo de investigadores, dirigidos por Dariush Mozaffarian, calculou este custo em 183 países, atuando de forma coordenada com a indústria. Os cientistas também avaliaram o número de anos de saúde perdidos. Com a redução do consumo de sal em um período de 10 anos, seria possível evitar perder anualmente 5,8 milhões de anos de boa saúde, ou 1,13 dólar por pessoa.
O custo dos anos ganhos equivale ao que atualmente se gasta em medicamentos para prevenir doenças cardiovasculares, destacam os pesquisadores. (UOL)
Nota: O sal em demasia também já era desaconselhado por Ellen G. White há mais de 100 anos:
"Não useis sal em quantidade, evitai as conservas e comidas condimentadas, servi-vos de abundância de frutas e a irritação que reclama tanta bebida nas refeições desaparecerá em grande parte." (A Ciência do Bom Viver, 305)
"Em minhas amiudadas viagens pelo continente, não frequento restaurantes, carros-restaurantes ou hotéis, pela simples razão de que eu não posso comer o que ali é proporcionado. Os pratos são altamente temperados com sal e pimenta, ocasionando sede quase intolerável. ... Esses pratos irritariam as delicadas membranas do estômago. ... Tal é a comida comumente servida nas mesas da moda, e dada às crianças. Seu efeito é causar nervosismo e criar uma sede que a água não pode extinguir. ... O alimento deve ser preparado da maneira mais simples possível, livre de condimentos e especiarias, e mesmo de indevida porção de sal." (The Review and Herald, 6/11/1883)
"O povo está tão atrasado que vemos que, tudo que podem suportar agora é que os esclareçamos quanto às condescendências nocivas e os estimulantes narcóticos. Apresentamos positivo testemunho contra o excesso de sal, e todas as substâncias estimulantes usadas como alimento." (Conselhos sobre o Regime Alimentar, p. 468)
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