1. O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado.
2. O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente.
3. É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro, não são irrazoáveis nem cegos.
4. A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar - estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes.
5. O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência.
6. O amor é poder. Nesse princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, que dele não se pode separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é potente para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer bem, e nada senão bem.
7. O amor é um sentimento tão sagrado que poucos o experimentam. É um termo usado, mas não compreendido. O cálido fulgor do impulso, da fascinação de um rapaz por uma moça ou vice-versa, não é amor e não faz jus a esse nome. O verdadeiro amor tem base intelectual, através de um profundo conhecimento da pessoa amada.
8. Todos devem cultivar a paciência pela prática da paciência. Sendo bondosos e perdoadores, o verdadeiro amor pode ser mantido quente no coração, e se desenvolverão qualidades que o Céu aprovará.
9. O amor verdadeiro, puro, é precioso. É celeste em sua influência. É profundo e permanente. Não é espasmódico em suas manifestações. Não é uma egoísta paixão.
10. O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, torna-se espiritualizado e se revela em palavras e atos. O cristão tem de ter uma ternura e amor santificados, em que não haja impaciência ou irritação; as maneiras ásperas, rudes têm de ser abrandadas pela graça de Cristo.
11. Em todo o comportamento de uma pessoa que possui o verdadeiro amor, será demonstrada a graça de Deus. A modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizarão cada passo em direção ao casamento.
12. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu.
Estes textos foram extraídos dos livros Cartas a Jovens Namorados, A Ciência do Bom Viver, Só para Jovens e Mente, Caráter e Personalidade vol. 1, de Ellen G. White.
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