Que a história do Superman é um verdadeiro plágio da de Jesus Cristo chega a ser óbvio (confira). O garoto é enviado à Terra por seus verdadeiros pais (“deuses” kryptonianos), acaba adotado por pais humanos e inicia seu “ministério” público aos 33 anos, sendo considerado o salvador da humanidade. Depois, em uma luta contra um inimigo chamado Apocalipse, ele morre para ressuscitar no terceiro dia (pelo menos em uma história em quadrinhos foi assim).
Pelo visto, imitar as grandes histórias da Bíblia é o segredo do sucesso garantido – pois elas pertencem ao ideário geral – e é garantia de acaloradas discussões a respeito do que essas paródias realmente fazem: (1) se confundem a cabeça das pessoas e impõem deuses substitutos ou (2) se as fazem pensar no relato original do qual derivaram. Como o conhecimento bíblico de modo geral está cada vez mais “rarefeito”, inclino-me a pensar que a alternativa 1 seja a predominante.
Outra personagem dos quadrinhos que tem a história claramente inspirada em Jesus é a Mulher Maravilha. Na verdade, a história dela se parece muito com a do Superman. A amazona Diana é filha do deus grego Zeus e de uma amazona terráquea. A missão da guerreira consiste em deixar o paraíso, derrotar o mal (encarnado no deus Ares) e salvar a humanidade (o mundo dos homens). Diana e Kal-el (o Superman) servem de ponte entre dois mundos e procuram ajudar os terráqueos a encontrar a paz. Assim como em “Man of Steel”, o Superman se lança ao espaço em direção à Terra com os braços abertos, em seu filme, Diana desce lentamente do céu com os braços igualmente abertos, formando uma cruz. (A propósito, Thor também parodia Jesus. Confira.)
Em uma sociedade cada vez mais secularizada, os deuses e o desejo de salvação continuam por aqui. Isso porque fomos criados para crer e sabemos intuitivamente que estamos perdidos. O problema é que os substitutos não salvam, apenas entretêm.
Michelson Borges (via Criacionismo)
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