"Duas coisas peço que me dês antes que eu morra: [...] não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário." (Provérbios 30:7-8)
Já fazia quatro meses que ele não tinha trabalho. O fim do ano se aproximava, a geladeira ia se esvaziando, e as contas empilhadas eram o único enfeite da mesa vazia. As crianças começavam suas listas de Natal, e no coração dele, um aperto amargo. Depois que tudo falhou, decidiu apelar para Deus. Pegou lápis e papel e começou a escrever uma carta:
"Deus, estou há muito tempo desempregado. O Natal está chegando e eu preciso de um dinheiro pra passar esse fim de ano. Eu queria te pedir R$ 100,00. Com R$ 100,00 eu consigo me ajeitar com a minha família."
No envelope, de um lado: João, do Brasil. E do outro: Deus, do Céu.
Em sua rotina, o carteiro chega ao correio com a curiosa correspondência. E, diante do desespero escondido naquelas singelas palavras, os colegas de trabalho decidem fazer uma vaquinha. Cada um deu um pouco. Um deu R$ 10,00, outro R$ 5,00... e assim juntaram R$ 70,00. Puseram de volta no envelope, e no dia das entregas, conhecendo o endereço, o carteiro deixou na velha caixa de correio a "resposta divina".
Surpresa e alegria, afinal aquele dinheiro fez muita diferença. Puxando daqui, economizando de lá, e deu para realizar os sonhos pequenos da família.
Três meses depois, ainda sem emprego, o homem decide escrever outra carta. Lápis, papel, e ele escreve assim:
"Deus, muito obrigado por ter mandado aquele dinheiro no Natal passado. Deu pra comprar muita coisa e as crianças ficaram muito felizes. Mas como o Senhor sabe de tudo, deve estar sabendo que eu ainda não tenho trabalho. Então, queria pedir que me mande mais R$ 100,00. P.S.: Mas dessa vez, vê se o Senhor manda um cheque nominal, porque naquela última vez, o pessoal do correio pegou R$ 30,00."
E se você tivesse que escrever hoje uma carta para Deus, do que iria se lembrar?
Dos calos em que os outros pisaram ou do Deus que lhe ajudou a caminhar?
Dos aplausos que não recebeu ou das oportunidades para crescer?
Das muitas vezes em que tentaram atrapalhar ou das outras tantas em que foi livrado?
Do pneu furado ou do estepe guardado?
Antes que o ano acabe, escreva sua carta...
Pr. Cândido Gomes (via Uma janela aberta para reflexão)
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