sexta-feira, 13 de abril de 2018

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

A Wikipedia nos diz que “Aleluia é uma transliteração do hebraico הַלְלוּיָהּ (Halləluya ou Halləlûyāh tiberiano – lendo-se da direita para a esquerda, como se faz em hebraico). A primeira parte da palavra Hallelu (הַלְּלוּ) significa 'Louvem! Adorem!' ou 'Elogio'; a segunda parte da palavra é Yah (Jah) (יָהּ), uma forma abreviada do nome de Deus, Javé. Yah ou Jah constitui a primeira metade do Tetragrama הוהי, (YHWH, IHVH, JHVH), o nome do Deus da Bíblia, pronunciado em português como Iawé ou Javé. Yah escreve-se com as letras yod (י) e he (ה), respectivamente a décima e a quinta letra do alfabeto hebraico. Portanto, aleluia significa 'Louvem Deus Javé', ou 'Adorem Deus Javé', ou 'Elogio Deus Javé'.”

A palavra aparece vinte e quatro vezes no Velho Testamento e quatro vezes no Novo Testamento (apenas no livro do Apocalipse, transliterado em grego como Αλληλούια). 

a) No Velho Testamento - Onde é muito mais usada, especialmente no livro de Salmos, havendo alguns até conhecidos pelo nome de “aleluiáticos”, ou do “Grande Halel”, pelo fato da palavra ser muito frequente (104-109). Em quinze salmos, a expressão aleluia aparece tanto no início como no fim (Salmos 106, 113, 135, 146-150); em outros, apenas no início (Salmo 112); e ainda em alguns, somente no fim (Salmos 104, 105; 115-117). A nota tônica dos Salmos era esta: louvai a Deus, desde que Davi e outros autores dos Salmos viam em todas as circunstâncias da vida, favoráveis ou desfavoráveis motivos para louvar a Deus.

b) No Novo Testamento - Nesta parte da Bíblia, ela aparece em Apocalipse 19, versos 1, 3, 4 e 6. Nestes versos, ela indica o canto de júbilo dos salvos no Céu, pelo privilégio da salvação. Esta palavra, na realidade, é a mais sintética de todas as doxologias conhecidas.

Foi com base em trechos do livro do Apocalipse que Handel compôs a peça de encerramento da parte II do oratório mais interpretado de nosso tempo: O Messias. O trecho mais conhecido do Coro Aleluia é uma musicalização da parte final do versículo 6 de Apocalipse 19:
“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina.” (Ap 19:6)
O texto introdutório de uma das publicações da partitura de O Messias informa que Handel escreveu o oratório em 1741, “depois de 23 dias de atividade fervorosa. Às vezes, ele se fechava em seu quarto e ficava tão absorto, preocupado em terminar a obra, que se esquecia das refeições. Um dia, o seu mordomo o encontrou sentado, com o olhar fixo e distante, aparentemente alheio a tudo, exceto à obra que estava criando. Mais tarde, Handel mesmo disse: ‘Pensei que tivesse visto todo o céu diante de mim e o Grande Deus’.” (O Messias, I Parte, Editora JUERP)

São muitas as razões que fazem com que o Aleluia receba atenção especial: a sonoridade imponente, a feliz conjugação da emoção que brota do texto com a vivacidade e a empolgação que irrompem da música, a evocação de uma cena grandiosa… (impossível cantar essa música, num louvor sincero, sem se sentir integrante da mesma “grande multidão” mostrada a João em visão)

Já ouvi o Aleluia de Handel em várias ocasiões. Em concertos, encontros de coros, escolas, igrejas… É uma experiência que só alcança seu potencial e sentido completo com o reconhecimento, por parte de cantores e ouvintes, de que “Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus” (Ap 19:1).

Recentemente um coro muito criativo decidiu surpreender, com a música, alguns ouvintes num ambiente urbano muito frequentado. Aleluia é a palavra que começa e que termina a música. Os coristas a repetem quase cinquenta vezes. O resultado você vê abaixo. Mas será que os ouvintes entendem aquilo que estão ouvindo?

Aleluia! Deus seja louvado! Sempre e sempre!


(Com informações de Ler pra Crer e Sétimo Dia)

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