Na era da tecnologia, da informação instantânea e da superficialidade, há um clamor por contexto, calma e reflexão. Não há como construir um conhecimento verdadeiro se ele for calcado em leituras fragmentadas e apressadas. Sem dúvida, hoje esse é um dos maiores desafios para os leitores de Ellen G. White (1827-1915). Antes de se formar uma opinião precipitada sobre ela e seu pensamento a respeito de qualquer tema, é preciso verificar o que ela escreveu e captar sua intenção, considerando o mundo em que vivia.
O lançamento da Enciclopédia Ellen G. White (CPB, 2018, volume único, 1.568 páginas) se apresenta como resposta a essa necessidade. Organizada por Denis Fortin e Jerry Moon e escrita com a participação de mais de 180 especialistas de todo o mundo, é a maior obra de referência sobre o assunto.
Dividida em quatro seções, oferece seis artigos de peso, mais de 500 verbetes biográficos (sobre as pessoas para as quais Ellen escreveu), mais de 800 verbetes temáticos e quatro apêndices, contendo infográficos sobre a ancestralidade de Ellen White e a relação entre seus escritos.
Nos verbetes temáticos, acham-se análises sobre publicações de Ellen White, os lugares que visitou e temas abordados por ela, tão variados como grandes questões teológicas, movimento da carne santa, reforma do vestuário, seguros, ingestão de queijo, animais de estimação, política e humor.
Ao fim, há também os apêndices dos arquivos de documentos de todas as cartas e manuscritos da autora. Uma série de mapas indica as localidades mais significativas em seus escritos. Uma extensa cronologia detalha eventos de sua vida. Também se encontra na Enciclopédia uma coleção de fotos antigas de Ellen White e sua família, bem como de pessoas, objetos, publicações e instituições apresentadas nos verbetes.
À versão em português foram acrescentados 39 verbetes relacionados ao contexto do adventismo brasileiro, como informações a respeito de obras especiais, livros missionários e de colportagem, separatas e outros materiais publicados no país. Também houve um cuidado especial com a comunicabilidade do conteúdo, ao oferecer a tradução de títulos e nomes de instituições e organizações, sem perder de vista o original.
A Enciclopédia Ellen G. White já nasce como um clássico do adventismo e surge em uma época crucial da história da denominação. Nessa obra, o leitor encontra largura e profundidade sobre centenas de assuntos e, com isso, tem a chance de compreender melhor quem foi Ellen, qual foi seu chamado e o que seus escritos disseram em seu tempo e têm a nos ensinar hoje.
Diogo Cavalvanti (via Revista Adventista)
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