A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome, mas em todo o sentido da palavra. A mãe não deve sacrificar sua força e permitir fiquem adormecidas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido - deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os respeitos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal magistrado da nação.
Ser rainha
A mãe é a rainha do lar, e os filhos são os seus súditos. Deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser excelsa; sua palavra, lei. Se é cristã sob o governo de Deus se imporá ao respeito dos filhos. Os filhos devem ser ensinados a considerar sua mãe, não como uma escrava cujo trabalho seja servi-los, mas como uma rainha que deve guiá-los e dirigi-los, ensinando-os mandamento sobre mandamento, regra sobre regra.
Ser fiel
Mães, em grande medida o destino de seus filhos está em suas mãos. Se falharem na função, podem levá-los para as fileiras do inimigo, tornando-os seus instrumentos na ruína das almas; mas por piedoso exemplo e fiel disciplina podem levá-los a Cristo e torná-los instrumentos em Suas mãos para a salvação de muitas almas. Seu trabalho [das mães cristãs], se feito fielmente em Deus, será imortalizado. Os cultores da moda jamais verão ou compreenderão a beleza imortal da obra da mãe cristã, e escarnecerão de suas ideias arcaicas e de suas vestimentas simples e sem adornos, enquanto a Majestade do Céu escreverá o nome dessa fiel mãe no livro da fama imortal.
Ser poderosa
A esfera de atividade da mãe pode ser humilde; mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra.
Ser alegre
A mãe que alegremente assume os deveres que jazem diretamente em seu caminho sentirá que a vida para si é preciosa, porque Deus lhe deu uma obra a realizar. Nesta obra ela não precisa necessariamente comprimir o espírito nem permitir que seu intelecto se debilite.
Ser paciente
Mas frequentemente a paciência da mãe é sobrecarregada com essas numerosas pequenas provas que quase não parecem dignas de atenção. Mãos traquinas e pés inquietos criam uma grande quantidade de trabalho e perplexidade para a mãe. Ela tem de segurar firme as rédeas do domínio próprio, pois do contrário sairão de seus lábios palavras de impaciência. Muitas vezes ela chega quase a perder a cabeça, mas uma oração silenciosa a seu misericordioso Redentor acalma-lhe os nervos, e ela volta a controlar-se revelando calma dignidade. Ela fala com voz calma, mas custa-lhe esforço restringir palavras ásperas e subjugar sentimentos de revolta que, se expressos, destruiriam sua influência, a qual demandaria tempo readquirir.
Ser influente
É privilégio da mãe abençoar o mundo pela sua influência, e fazendo isto trará alegria ao seu próprio coração. Ela pode fazer retas veredas para os pés de seus filhos, através de claridade e sombra, em direção às alturas gloriosas do Céu. Mas, unicamente quando procura em sua vida seguir os ensinos de Cristo, é que a mãe pode esperar formar o caráter de seus filhos segundo o modelo divino. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. Foi Joquebede, a mãe hebreia que, fervorosa na fé, não temeu o “mandamento do rei”, a progenitora de Moisés, libertador de Israel. Foi Ana, a mulher de oração e espírito abnegado, inspirada pelo Céu, que deu à luz Samuel, a criança divinamente instruída, juiz incorruptível, fundador das escolas sagradas de Israel. Foi Isabel, a parenta e o espírito-irmão de Maria de Nazaré, que gerou o precursor do Messias.
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