Neste próximo domingo, o Brasil assistirá a muitos abraços, churrascos, reencontros. Alguns, é bem verdade, promovidos simplesmente pela conveniência de uma tradição ou pela insistência da propaganda; outros, pela força do sentimento que une corações que bombeiam um mesmo tipo de sangue.
Neste próximo domingo, alguns sorrisos irão se apagar, dando lugar à saudade chorosa. Alguns irão esbarrar na cadeira vazia da mesa de jantar. Outros irão buscar retratos, bilhetes, como se fossem pedaços ainda vivos de alguém que foi e não volta mais.
Neste próximo domingo, alguns irão visitar os arquivos empoeirados da lembrança à procura dos momentos que viveram ao lado do homem a quem chamavam pai. Para o mundo, só mais um homem. Mas para o filho, o maior herói.
Neste próximo domingo, alguns irão lembrar, outros irão preferir esquecer.
Não sei como foi sua infância. Não sei qual é o tipo de temperamento de seu pai. Não sei se o seu domingo será de festa ou de luto, nem se estas linhas foram o lembrete que lhe faltava. Mas tenho uma ideia: você que tem um pai vivo, não seja tolo. Ofereça-lhe um abraço e um lugar especial no coração. Se está longe, pegue o celular, escreva uma mensagem (mas comece agora!), marque uma visita, diga que o ama. Peça perdão, se for preciso. E perdoe... vai ser bom para você.
Se você é um refém da saudade, se já perdeu seu pai... nunca esqueça: o céu lhe assiste, e lá é a casa de um Deus a quem podemos chamar de pai.
Texto do Pr. Cândido Gomes
Nota: Fiquem também com estes dois importantes conselhos de Ellen G. White:
"Os pais têm direito ao amor e respeito em certo grau que a nenhuma outra pessoa é devido. O próprio Deus, que pôs sobre eles a responsabilidade pelas almas confiadas aos seus cuidados, ordenou que durante os primeiros anos da vida estejam os pais em lugar de Deus em relação aos seus filhos. E aquele que rejeita a lícita autoridade de seus pais, rejeita a autoridade de Deus. O quinto mandamento exige que os filhos não somente tributem respeito, submissão e obediência a seus pais, mas também lhes proporcionem amor e ternura, aliviem os seus cuidados, zelem de seu nome, e os socorram e consolem na velhice." (Patriarcas e Profetas, p. 308)
"Tenho visto filhos que não parecem possuir afeição para dar a seus pais, nem expressões de amor e carinho que lhes são devidas e que eles apreciariam; mas esbanjam abundância de afeição e cuidado na seleção daqueles por quem mostram preferência. É isto o que Deus deseja? Não, não. Levai toda alegria, amor, e afeição ao círculo do lar. Vossos pais apreciarão essas pequenas atenções que podeis dar. Vossos esforços para aliviar a carga, para reprimir cada palavra de impaciência e ingratidão, mostra que não sois uma criança irrefletida, e que apreciais o cuidado e o amor que vos foram dados nos anos de vossa desvalida infância e meninice." (The Youth's Instructor, 21 de abril de 1886)
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